sábado, 30 de julho de 2011

Hora de Brasília ( De Jose Woitechumas)

Mesmo sendo um admirador do jogador e um praticante do esporte, continuo com a firme convicção de que Pelé, considerado o maior jogador de futebol do Mundo, com o que concordo, não deveria jamais se meter em duas áreas: do canto e dos discursos. A primeira por razões óbvias e disto estou vacinado, por absoluto fracasso não me permito cantar nem mesmo no banheiro e na outra, até que me habilitei para isso como jornalista e palestrante de temas que estudo e conheço. Em declarações, em quase todos os tempos, Pelé foi infeliz. O pior é que reforça a idéia de que ele trata com muita deferência os negócios, não importando muito se isto atinge ou não sua imagem. Como jogador, certamente que não, mas como cidadão comprometido com o seu país e seus semelhantes, há controvérsias. 

Muito recentemente, opinando sobre as condições do Brasil sediar a Copa do Mundo de 2014, o Rei do Futebol literalmente chutou a canela dos organizadores, no caso o Governo, pelo risco do País passar “vergonha” tal o atraso e realidade de aeroportos, estádios e infraestrutura para o evento. Pois agora, inteligentemente, o governo, via Ministro dos Esportes, Orlando Silva, nomeia exatamente Pelé para ser o Embaixador do Brasil para a Copa de 2014. E com uma ressalva feita pelo próprio Ministro Orlando Silva: ele não vai opinar e muito menos falar sobre infraestrutura ou obras para a Copa. Quer dizer, Pelé fará o triste papel de Garoto Propaganda, sendo utilizado para um evento que tem todos os riscos de não dar certo. Ou de ser maquiado de tal forma que, a exemplo de outras coisas, “pareça” que está tudo bem. E ainda sem poder se manifestar como atleta preocupado com o esporte e a imagem do País. 

Amanhã a Fifa realizará no Rio de Janeiro o sorteio dos Grupos para a Copa com a presenças de atletas renomados e representando vários Países. Sintomaticamente Pelé estava fora da lista de convidados da entidade. Estará agora como Embaixador do Brasil, realizador do evento e, só por isso, quase como uma imposição. Infelizmente. Sempre tive a certeza de que certos ganhos não valem a pena e, por isso mesmo, muitos recusei. Quando nascemos, recebemos um livro em branco, o que vamos escrever nele, que será a nossa história, depende exclusivamente do nosso livre arbítrio. 


COPIADO DE www.primeiroprograma.com.br

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