quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Do Blog do Chico Maia


Para Perrella, é preciso passar Montillo nos cobres para salvar o Cruzeiro

06 de dezembro de 2011 às 05:46
Ontem, durante a premiação da CBF, no Rio, Wellington Campos twittou:
@wellingcampos
“Montillo respondeu que por enquanto fica no Cruzeiro. Achei sintomático.”
E o Globoesporte.com publicou essa reportagem com o Zezé Perrella, que caso o sucessor Gilvan de Pinho Tavares ouça seu “conselho” já vai assumir desagrando à torcida.
* “Com mandato no fim, Zezé Perrella aconselha sucessor a vender Montillo”
Dirigente explica: ‘Se não negociar agora, daqui a um ano não tem mais o valor de mercado’
Por Ana Paula Moreira e Fernando Martins Y Miguel
Belo Horizonte
O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, já começa a falar como ex-dirigente e entre as dicas que dará para o futuro mandatário celeste, Gilvan de Pinho Tavares, está uma que com certeza vai desagradar, e muito, a grande maioria da torcida da Raposa. Ele sugere que seu sucessor venda, nada mais, nada menos, que o meia argentino Walter Montillo.
- O torcedor pode não gostar do que vai ouvir, mas se eu fosse o presidente venderia o Montillo, porque para mim, jogador nenhum é insubstituível. Apesar de ser um grande craque, nós temos que lembrar que é um jogador que já tem 27 anos, se não negociar agora, dificilmente vai conseguir alguma coisa no futuro.
zezeperrella_cruzeiro3_tv_30
Corinthians e São Paulo são os dois clubes brasileiros que estão interessados em contar com o futebol do meia em 2012. Perrella explicou o motivo pelo qual acha que a saída de Montillo ajudará a sanear as contas do clube.
- Particularmente, acho muito difícil segurar o Montillo. Até porque é um jogador de 27 anos que, se não negociar agora, daqui a um ano não tem mais o valor de mercado. Infelizmente, o futebol é deficitário. A única maneira que você tem de fazer dinheiro para pagar seus compromissos é vender seus jogadores. E foi com essa política que nós conseguimos esses títulos todos. É preciso que o torcedor entenda. Não adianta, uma andorinha só não faz verão. Quando você vende um jogador, você usa parte desse dinheiro para pagar compromissos e parte é investido. Então, se você tiver inteligência para fazer a reposição, você vai ter sempre grandes times. O Cruzeiro vai estar sempre brigando na cabeça. Eu não vejo outra saída. O futebol brasileiro ainda não é auto-suficiente. O mais importante é que você venda quando tiver de vender e saiba repor – disse. Montillo tem contrato com a Raposa até 2015.
O dirigente explicou que o clube não anda bem das pernas no quesito finanças. O Cruzeiro, nos últimos dois anos, vem tendo um déficit de aproximadamente R$ 30 milhões por ano. Por isso, Zezé Perrella acha que dificilmente o clube não vá se desfazer de seu maior nome no momento.
- Eu deixei de negociar o Montillo por 10 milhões de euros para a Rússia. Eu entendi que, naquele momento, qualquer sacrifício era válido, porque nós tínhamos possibilidade de título ou de Libertadores. Então eu fiz um sacrifício para segurar. Mas um jogador de 27 para 28 anos, se não for negociado agora, acho que dificilmente será daqui para frente, ou será por um valor infinitamente menor. E o Montillo é o único jogador hoje que o Cruzeiro tem para fazer caixa. Foi um ano extremamente difícil, extremamente deficitário em função dos fechamentos dos estádios. Mas essa decisão não é minha. Se a diretoria decidir segurar, terá que buscar algumas parcerias, algumas situações. Eu, particularmente, acho muito difícil que consiga fazer isso.
montillo-aePara Zezé, Montillo é o único que pode salvar as finanças do Cruzeiro (Foto: Agência Estado)
Questionado sobre uma possível venda do goleiro Fábio, Perrella também analisou se a saída do camisa 1 poderia ser benéfica.
- Goleiro não tem tanto valor assim de mercado. O Fábio é uma segurança no gol do Cruzeiro. Poderia talvez, em tese, continuar. Se bem que o Cruzeiro tem uma safra boa de goleiros, que há anos não tem. Temos excepcionais goleiros que podem vir a substituir o Fábio em uma eventual transferência.
*http://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/noticia/2011/12/com-mandato-no-fim-zeze-perrella-aconselha-sucessor-vender-montillo.html?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_campaign=globoesportec

Do Blog do Chico Maia


Quando a arrogância é castigada com rigor!

06 de dezembro de 2011 às 17:05
Antes de mais nada é importante esclarecer que respeito o direito de qualquer brasileiro duvidar de tudo e questionar a todos. Num país onde você vê manchetes diárias denunciando corrupção de autoridades públicas e privadas, dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Onde às vezes não se sabe quem é polícia e quem é bandido, e não se vê notícias sobre a prisão ou devolução de dinheiro por parte dos corruptos.
Mineiro já fama de desconfiado e quando ocorre do time favorito tomar de seis do maior rival, desfalcado, aí que é dana tudo mesmo!
A verdade é que a vida de todo jornalista mineiro tem sido um inferno nestes dias pós-clássico.
Abro a caixa de mensagens e tenho que responder a gente do Brasil todo questionando: houve armação? o Atlético vendeu o resultado?
Colegas de Curitiba ligam e escrevem desde domingo depois do jogo, já que o “Furacão” deles foi rebaixado por causa do “escândalo” em Minas.
Até amigos que detestam futebol, nunca falaram nada sobre o assunto e nem sabem direito a cor da camisa de cada time, têm feito a pergunta fatal: vendeu ou não vendeu?
Nessa histeria coletiva o poder de raciocínio entra em curto circuito e a razão fica escassa na cabeça da maioria absoluta. Os atleticanos irados, os cruzeirenses delirando de alegria.
Nelson Rodrigues escreveu a peça “Toda nudez será castigada” e em nossos tempos de Minas Esporte, da Band, eu o parafraseei e disse um dia para o Flávio Carvalho: “Toda arrogância será castigada”. E a frase agora serve para os alvinegros que pagam, outra vez, por comemorar antes da hora. Antes do jogo, circulava pelas redes sociais mensagens de atleticanos dizendo que não aceitavam outro resultado que não fosse uma vitória consagradora, de goleada. Como se fosse fácil vencer o maior rival em alguma circunstância. Este ambiente contamina jogadores comissão técnica e dirigentes. O Galo já passou por isso várias vezes em sua história. Todos passam a acreditar que já venceram antes de entrar em campo.
Depois de golear o Botafogo, o técnico Cuca viajou para pagar uma promessa; os jogadores relaxaram e quase todos eram vistos nos bares e restaurantes de Belo Horizonte, recebendo tapinhas nas costas sob os gritos de Gaaalôôô!
Ora, ora! Ganharam o quê? Comemoravam o quê? A permanência no G-16?
Se esqueceram que se domingo seria o “jogo da vida” do Cruzeiro, era também do Atlético, com a chance histórica e inédita de rebaixar o arquirrival!
Wagner Mancini e seus comandados foram trabalhar e se concentrar para o jogo, juntos, longe de Belo Horizonte. Só pensavam em vencer um adversário igualmente “meia boca”, porém, livre da pressão contra a degola e desfalcado de apenas um jogador.
Cuca que só conseguiu começar acertar o time depois de seis derrotas consecutivas estava em regime de quase férias com os seus jogadores; com churrascos e jantares em família.
Chegou a dizer que a missão no Brasileiro estava cumprida!
Ele e os jogadores também deviam estar pensando igual à torcida: vencer o Cruzeiro sem Fábio, Paraná e Montillo não seria tarefa complicada.
No domingo a única bola que rolou foi no gramado e a favor de Fabrício e cia. que entraram com “sangue nos olhos”, dividindo cada lance como se fosse a decisão do Mundial Interclubes, desde o primeiro minuto. Com 15 minutos já vencia por 2 x 0. O Atlético tentou reagir levou o terceiro, abrindo a porteira para o quarto, quinto e sexto.
Um time preparado física e mentalmente contra outro que parecia um ajuntamento de solteiros e casados em confraternização de fim de ano. Quando acordou, não tinha pernas para chegar ao gol cruzeirense e nem voltar para impedir os contra ataques fatais.
Foi isso!
O resto é dúvida de mineiros e brasileiros que têm o direito de suspeitar. Principalmente atleticanos que não aceitavam outro resultado que não fosse a “vitória”.
Queriam goleada, mas ela chegou do outro lado!

Do Blog do Chico Maia


Aos 95 anos de idade “a casa” do João Havelange caiu

07 de dezembro de 2011 às 08:55
E graças à manobra justamente de um afilhado seu: Joseph Blatter, seu sucessor na FIFA.
Para livrar o próprio pescoço, Blatter jogou o padrinho às cobras.
joao-havelange
Quem leu o livro “Os Senhores dos Anéis”, de 1992, que fala da criação da “Família Olímpica”, COI, FIFA e demais grandes entidades mundiais do esporte, entende melhor o que está acontecendo.
Havelange é o único ainda vivo dessa turma que criou o “Clube”. Os outros eram o dono da Adidas, o alemão Horst Dassler; o espanhol Juan Antônio Samaranch e o italiano Primo Nebiolo. Blatter era um “filhote” na época, carregador de valises do Havelange.
O caderno de esportes da Folha de S. Paulo. de ontem, pegou o gancho do título do livro para mostrar  a atual situação do ex-todo poderoso do futebol mundial:
* “Vão-se os anéis”
Investigado por ter recebido suposta propina de US$ 1 mi, o presidente de honra da Fifa, João Havelange, pode perder mandato vitalício na entidade
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
SÉRGIO RANGEL
DO RIO
Depois de renunciar ao cargo no COI (Comitê Olímpico Internacional), o presidente de honra da Fifa, João Havelange, tem ameaçada sua permanência na entidade que comandou por 24 anos por conta de envolvimento em caso de corrupção.
Nos últimos dias, Havelange renunciou ao cargo de membro do COI para evitar sofrer sanções da entidade olímpica. Ele é investigado por supostamente ter recebido US$ 1 milhão em propina da ISL, empresa de marketing parceira da Fifa nos anos 90.
Na quinta-feira, o Comitê de Ética do COI passará ao seu Comitê-Executivo um relatório sobre o caso. A expectativa era que o cartola brasileiro fosse punido com suspensão ou expulsão.
Ontem, o comitê confirmou a renúncia de Havelange por carta ao cargo que ocupava desde 1963. Assim, ele não pode mais ser punido.
Sem conseguir se defender no mundo olímpico, o cartola deve sofrer efeito cascata na Fifa. Na entidade que controla o futebol mundial, o dirigente de 95 anos pode perder o mandato vitalício.
O cargo poderia ficar com o atual presidente Joseph Blatter, que deixa o cargo em 2015. Michel Platini é candidato para sucedê-lo.
O cartola máximo da Fifa promete revelar dados sobre o caso ISL no dia 17 deste mês. Mas ainda há a possibilidade de Havelange e Ricardo Teixeira, presidente da CBF e seu ex-genro, tentarem barrar a divulgação por meio de medidas jurídicas, já que foi pedido sigilo do processo.
Blatter previu que podem ocorrer expulsões por conta da revelação de documentos.
A atitude é uma demonstração do rompimento com a dupla de brasileiros, iniciada por disputas eleitorais. A inimizade chegou a tal ponto que a Fifa confirmou a renúncia de Havelange do COI antes do próprio comitê.
Questionado pela Folha, o comitê disse pouco antes que não se pronunciaria sobre a investigação até quinta. Ainda chamava o episódio de “potencial renúncia”. Com a divulgação da Fifa, o COI confirmou a carta de exoneração.
Ontem, o ex-presidente da Fifa foi trabalhar no seu escritório no Rio, mas se recusou a comentar sua decisão.
Sua secretária, que identificou-se como Irene, disse que a decisão de Havelange “já tinha sido tomada”. “Agora, isso é um assunto superado”, disse a secretária.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, não quis comentar o episódio, mas disse que o “Brasil não deve temer nenhum tipo de investigação”.

Do Blog do Chico Maia


Mala branca correu solta em 2004 e ninguém falou em armação nos 6 x 1 do Galo sobre o Fla

07 de dezembro de 2011 às 09:09
Somos um povo de memória que costuma falhar muito e graças à tecnologia, ao mestre Google principalmente, essa deficiência tem sido minimizada.
Pois bem: em 2004 o Atlético corria sério risco de rebaixamento e se aliviou com uma goleada de 6 x 1 sobre o Flamengo; vejam bem: Flamengo, seu segundo maior rival no país.
Não me lembro de ninguém ter falado que houve armação e que o Flamengo tivesse vendido o resultado.
E olhem que naquele mesmo ano, a tal “mala branca” rodou o país, confirmada por um dos próprios transportadores dela.
Agradeço ao leitor Rafael Abreu de Oliveira que enviou um comentário e links de sites muito interessantes com informações que nos ajudam a refrescar a memória coletiva.
FLA
O goleiro do Flamengo era niguém menos que Júlio César, e a torcida quis pegar o time todo de porrada na saída do estádio e na volta ao Rio