sábado, 30 de julho de 2011

Saudade



Quando a suadade me aperta,me recorro a internet para ver imagens de Araçuai,
Nesta daqui fico mais saudoso ainda,uma vez que esta praça daqui poi modificada,e ja não é mais
assim,hoje, ela assim,só em fotografia.


Vai uma DR aí?[paulo faiock]


Esses dias umas amigas estavam me falando que eu sou "o homem que gosta de DR"... rs

"DR" é a famosa "discussão da relação". O homem odeia tanto isso que até criou uma sigla pra passar menos tempo falando no assunto.

Eu acho assim: uma conversa é feita pra chegar a uma conclusão, né? Pra chegar no bom senso... (A não ser que a sigla DR venha acompanhada de outra sigla: TPM. rs)

Pra mim não é só a relação homem-mulher... Mas todas as relações que tem que ser discutidas. Entre achar que está tudo certo ou achar que está tudo errado... De longe eu fico com a segunda.

Então... Vamos discutir alguma coisa pra ver se melhora, né?

De onde vem a "lenda" que o homem odeia DR?... (Ou a lenda aqui sou eu? rs) O homem não gosta de discutir por que acha que sabe de tudo ou por que não tem paciência pra ouvir?... Depois de falar duas vezes "o homem" na terceira pessoa, já é hora de eu me preocupar com a minha masculinidade? rs

Cpoiado de www.primeiroprograma.com.br

Queijo minas (Marcilio Godói)


Trago na bagagem há tempos esse pequeno disco de massa clara e úmida, todo feito de fraternidade e previdência. Imensa aspirina, às vezes minúscula lua, serve-me de amuleto e inspiração esse naco de terra cal molhada, moldada em forma instável, envolto firme em barbante, guardado no mais fundo de meu embornal.
É uma reserva, é uma réstia, é uma hóstia, é uma haste, é uma hoste. É a posta restante e emergencial em mim de todo o amor de minha mãe. Pelo labirinto da cidade de São Paulo trafego, rodo cuidadoso pela calçada essa grande roda alva e macia, escudo tão frágil, fuste de minha colunata feita apenas de leite e alguma confiança nos homens.
Ao chegar em casa cansado, arremedo do poeta em rotação universal, pronto coloco-o a girar em minha antiga vitrola em formato de louça. O queijo, não o poeta. Que ele não nos ouça. Acalenta-me ouvir o ranger de portas e porteiras antigas, a algaravia dos bichos, os muxoxos tão sábios dos velhos, ruídos que me confortam e me trazem de volta o vento que estremece aquela pequena roseira que ainda floresce junto à parede da cozinha de nossa casa, dentro de um pneu. E o que teria o queijo minas a ver com isso? Não sei. Só sei que o queijo minas tem a ver com tudo. Com tudo o que tenho, vejo e sou, eu. E sinto, com essa agulha e essa faca a me desretalharem o peito.
O queijo minas não rivaliza a milinacabável arquitetura cabralina de um ovo. Mas lhe é superior no design que bem se empilha e se acondiciona confortável em seu transporte, de sorte que, desarmado, sem nunca disparar seu conteúdo-bala incontinente, é igualmente túmido e tímido, como a gente.
Quarto estado da matéria, o queijo minas é o satélite que gravita na órbita de um desejo inconfessável. O amor cotidiano lhe cai bem e lhe cabe como cabe à goiabada e ao doce de figo. Por isso, o queijo minas é o melhor amigo, o antídoto para todo esquecimento. E nos lembra de tudo e todos desde a mais remota origem do vento.
O mineiro que é mineiro mesmo não se envergonha de pedir ao gênio da lâmpada um queijo minas por desejo concedido. Ele sabe o que há de reflexão nessa refeição intransitiva, pois o queijo minas não nos exige complemento algum. O queijo minas é um.
O queijo minas é tão indispensável que nunca vai parar na despensa. A não ser que se queira sua cura. Mas quem disse que a um queijo minas se dá o tempo de ficar doente? O queijo minas, carne branca light, é uma pequena pastilha do céu em vida. em vida. 
Copiado de  www.primeiroprograma.com.br

Hora de Brasília ( De Jose Woitechumas)

Mesmo sendo um admirador do jogador e um praticante do esporte, continuo com a firme convicção de que Pelé, considerado o maior jogador de futebol do Mundo, com o que concordo, não deveria jamais se meter em duas áreas: do canto e dos discursos. A primeira por razões óbvias e disto estou vacinado, por absoluto fracasso não me permito cantar nem mesmo no banheiro e na outra, até que me habilitei para isso como jornalista e palestrante de temas que estudo e conheço. Em declarações, em quase todos os tempos, Pelé foi infeliz. O pior é que reforça a idéia de que ele trata com muita deferência os negócios, não importando muito se isto atinge ou não sua imagem. Como jogador, certamente que não, mas como cidadão comprometido com o seu país e seus semelhantes, há controvérsias. 

Muito recentemente, opinando sobre as condições do Brasil sediar a Copa do Mundo de 2014, o Rei do Futebol literalmente chutou a canela dos organizadores, no caso o Governo, pelo risco do País passar “vergonha” tal o atraso e realidade de aeroportos, estádios e infraestrutura para o evento. Pois agora, inteligentemente, o governo, via Ministro dos Esportes, Orlando Silva, nomeia exatamente Pelé para ser o Embaixador do Brasil para a Copa de 2014. E com uma ressalva feita pelo próprio Ministro Orlando Silva: ele não vai opinar e muito menos falar sobre infraestrutura ou obras para a Copa. Quer dizer, Pelé fará o triste papel de Garoto Propaganda, sendo utilizado para um evento que tem todos os riscos de não dar certo. Ou de ser maquiado de tal forma que, a exemplo de outras coisas, “pareça” que está tudo bem. E ainda sem poder se manifestar como atleta preocupado com o esporte e a imagem do País. 

Amanhã a Fifa realizará no Rio de Janeiro o sorteio dos Grupos para a Copa com a presenças de atletas renomados e representando vários Países. Sintomaticamente Pelé estava fora da lista de convidados da entidade. Estará agora como Embaixador do Brasil, realizador do evento e, só por isso, quase como uma imposição. Infelizmente. Sempre tive a certeza de que certos ganhos não valem a pena e, por isso mesmo, muitos recusei. Quando nascemos, recebemos um livro em branco, o que vamos escrever nele, que será a nossa história, depende exclusivamente do nosso livre arbítrio. 


COPIADO DE www.primeiroprograma.com.br

Pra sorrir, com José Simão

Sandy! A Devassa fez efeito!




E agora, se a sua mulher regular, você já pode gritar: "Você é mais careta que a Sandy!". Rarará!


Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Novo diretor do Dnit: Miguel MASELLA! Transportes, o Ministério dos Predestinados: Pagot, Fatureto, Varejão, Passos e Masella! Rarará!
E o novo slogan do Obama, que vai dar o calote: "Yes, we cano". Rarará! E terremoto do dia: a declaração da Sandy na "Playboy": "É possível ter prazer anal". Devassa! Anal Toddynho! Efeito devassa. A cerveja bateu agora.
E corre na internet o novo slogan da Devassa: "Devassa, a cerveja pra quem dá o redondo". A Skol desce redondo e a Devassa é pra quem dá o redondo! E agora, se a sua mulher regular, você já pode gritar: "Você é mais careta que a Sandy!". Rarará!
E a "Playboy" tem fotos da Galisteu e entrevista da Sandy. Mas o anal da Sandy derrubou o frontal da Galisteu. O fiofó da Sandy derrubou a periquita da Galisteu! E a "Playboy" da Sandy devia se chamar Playground! Playboy de travecas é a Playbolas. Playboy da Hebe é a Playlanca. E a Playboy da Sandy é o Playcenter.
E a trajetória da Sandy: no Carnaval ela tomou cerveja, nas férias de julho ela falou sobre prazer anal e no Natal? Até o Natal, a peruzada que se cuide. Rarará! E vai ser tudo na Disney.
E eu adoro a Sandy porque ela faz comercial da Devassa e fala sobre prazer anal com aquela mesma carinha de garota propaganda da Fanta Uva! E os sites de humor? Manchete do Piauí Herald: "Schin escala Sandy para nova campanha EXPERIMENTA!". Prazer anal! Experimenta! Experimenta! E o Sensacionalista: "Sandy deixa a Devassa e é contratada pela Caracu". E Cocotaseco postou uma foto bem singela da Sandy e escreveu embaixo: "Esta é uma singela homenagem ao furico mais comentado do Brasil". Rarará! Ô esculhambação!
O Brasil é assim: quando você acha que não tá acontecendo nada, vem a Sandy com essa analógica declaração! E como disse um amigo meu: se tomando cerveja ela já sai falando isso, imagine se tomasse a marvada! Rarará!
E eu tenho que dar um erramos: a CBF não é uma dinastia, é capitania hereditária. Rarará! E gostei muito da manchete da TV Vale Tudo sobre a viagem da Dilma ao Peru: Dilma pisa no Peru! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

simao@uol.com.br

@jose_simao


Folha de S. Paulo, 30 de julho de 2011 

sexta-feira, 29 de julho de 2011

NEM TÃO ESTRANHO ASSIM

Não me assusta em quase nada o comportamento da imprensa e dos famosos.
Quando alguem aparece ,aparece em cascata em tudo quanto é meio de comunicação de massa, e com o mesmo assunto, o que é pior,fica na cara que foi feito para isso mesmo.
Neste fim de semana, são as bolas da vez, a ex santinha Sandy e Adriane Galisteu.
A primeira,virou musa de cerveja ruim,parece que mudou de vida,chegando perto dos trinta e cantando aquelas musiquinhas fraquinhas com uma vozinha chifrim,ja não chama mais atenção,sendo assim resolveu soltar o verbo,e desandou a falar besteiras em sites de fofocas,revistas popularescas e onde tiver um miccrone disposto esperar alguma perola da sua cabecinha.
A segunda foi mais objetiva,pra faturar uma grana,pois ja deve estar perto dos quarenta,apesar do corpão que tem,pelo menos não falou nada,mostrou quase tudo,ja que a famosa revistona deixa todo mundo só na expectativa de ver um algo a mais.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Do Blog de Erich Beting


Pelé foi alçado ao cargo de garoto-propaganda da Copa do Mundo de 2014. O nome pomposo é embaixador, mas na prática o “Rei do Futebol” será uma espécie de promotor do evento aqui no Brasil.
A decisão, pelo que noticiam todos os meios, tem como objetivo dar mais a cara de que a Copa do Mundo é do Brasil. O ex-jogador representará o país em eventos, gravará campanhas publicitárias para serem veiculadas em rede nacional e participará de reuniões sobre a competição.
Mais uma vez o país tropeça na estratégia de comunicação do evento.
Em meio a todas as polêmicas sobre uso de dinheiro público na Copa do Mundo, às exigências e extravagâncias da Fifa em relação ao torneio, aos escândalos de corrupção da entidade máxima do futebol e às declarações soberbas de Ricardo Teixeira, Pelé surge como o bombeiro da competição.
Mas será que Pelé é, de fato, o cara para salvar a imagem da Copa no Brasil?
Para o exterior, sem dúvida, o ex-jogador desempenha uma brilhante função, tanto que até no convencimento de que o Rio de Janeiro deveria ser sede das Olimpíadas Pelé desempenhou brilhante função.
Para o mercado brasileiro, porém, Pelé pode não ser o garoto-propaganda ideal.
Sua imagem não é intocável. Já há muitos anos exercendo a função publicitária (e de maneira nem um pouco criteriosa), a figura do Rei do Futebol está longe de ser uma forma de convencimento para o consumo e de certeza de credibilidade para as pessoas.
Nos últimos anos, a imagem do Brasil mudou substancialmente. O maior mérito em termos de marketing foi a transformação do país em “do futuro” para o “do presente”. O resgate do orgulho de ser brasileiro, de “não desistir nunca”, de ser possível ganhar o mundo a partir do Brasil marcaram, e muito, as transformações dos últimos anos.
A realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos nos próximos anos foram uma espécie de confirmação desse novostatus do Brasil perante o mundo.
Por isso mesmo, Pelé não combina com essa cara. Ainda mais quando se pretende fazer com que a Copa do Mundo seja aparentemente mais do Brasil e menos da Fifa. O país encontra hoje os mesmos problemas que alemães e sul-africanos enfrentaram nos últimos anos antes de organizarem o evento: uma empáfia da Fifa que mexe com a auto-estima do país anfitrião da Copa.
Talvez o Brasil consiga, com a sorte que vem tendo na conjuntura política mundial, viver um momento único, em que a Fifa tente deixar de ser tão dona da Copa, já que em todo o planeta a sua forma de tomar conta do futebol já não é tão bem apreciada.
A oportunidade de o Brasil ser “a bola da vez” para mudar a cara da Copa do Mundo é agora. Só não poderia tentar fazer isso colocando Pelé como embaixador do evento. O Rei do Futebol é, sem dúvida, a personificação do que há de mais precioso dentro de campo. Fora dele, porém, é preciso achar uma nova cara.
O melhor embaixador da Copa no Brasil deveria ser o brasileiro. Sem os vícios do futebol.

FAMOSOS

Falar de morte não é das melhores coisas,mas falar de morte de famoso que a procurava fica mais facil,posso estar parecendo estupido por dizer assim,mas,não é estupidez que quero transmitir.
Aos 27  anos morreu Amy Winehouse,como mais uma da turma que era boa para a musica e ruim pra eles mesmos,ou talvez se achassem acima de tudo para achar que, limite, ninguem os imporia.
Não sei a ordem cronologiga destas tragedias pessoais,porem,foram todos vitimas da conivencia de pais, amigos,acessores,empresarios e toda aquela "fauna" de ASPONES que cerca qualquer famoso.
Toda essa gente devia se preocupar demais em estar proximo destes famosos enquanto eles viveram,mas,sem se importar com o quanto mal eles passavam ao se soltarem,ao se verem sós em hoteis,mansões e todo este mundo cercados de gente falsa,gente que com certeza queria que quanto mais ela se fizesse famosa pela vida desregrada que todos viam,viviam e desfrutavam.

sábado, 16 de julho de 2011

ALGUMA COISA

Fiquei tanto tempo sem escrever alguma coisa, que ja começava a achar que a resignação estaria tomando conta de mim.Enfim, neste belo sabado de sol e um pouco frio agora pela manha, alguma coisinha apareceu neste cabeção.Talvez seja pela indignação, que vai acumulando e tambem pela forma como vai aparecendo na imprensa.
Acontece de tudo,e pouco nos resta a não ser o sentimento de revolta.
Um bispo da sempre oportunista Igreja Universal expoe as mazelas de uma familia,e,atraves da esperança de uma criança,que promete e é incentivada a vender "tudo o que tem" para acabar com as brigas entre seus pais.
Pra quem talvez não queira ver,o tiro que a IURD deu serviu mais uma vez para chamar para ela a polemica de sempre,e como sempre manipulam o seus "clientes fiei$",fazem com que toda essa repugnação que é criada,seja tida como coisa do demonio,e,que continuem a doar para a "obra do senhor".





sexta-feira, 15 de julho de 2011

Harrnenszoon Van Rijn Rembrandt


Historia longa,real e interessante.

Harrnenszoon Van Rijn Rembrandt , pintor e gravador holandês, nasceu no dia 15 de julho de 1606, em Leyden. Famoso e rico aos trinta anos, morreu incompreendido e na miséria aos 63 anos. Em seu testamento deixou "algumas roupas de linho ou lã, minhas coisas de pintor" e os quadros que marcaram um dos pontos culminantes na história da pintura.

Dono de um moinho à beira do rio Reno, seu pai, Harmen Gerritz, foi um homem pobre. Seu tempo era dedicado ao trabalho, à mulher - Neeltgen van Zuytbrouck -, aos cinco filhos e ao rio Reno, que se chama em holandês Rijn. Amou o rio, incorporou seu nome e passou a assinar. Harmen Gerritz van Rijn. Em casa, todos moíam o grão, só o quinto filho gostava mais de pintar do que moer e não queria deixar a escola. Fazendo sacrifícios, o pai Harmen matriculou Rembrandt na Universidade de Leyden, mas não conseguiu mantê-lo ali mais que nove meses.
Desprezado pelos contemporâneos, chegou - por isso mesmo - à imortalidade.

Em 1627 Rembrandt volta a Leyden e instala seu próprio atelier, com Jan Lievens. No ano seguinte chama Gerard Dou - um menino de catorze anos - para trabalhar com eles. As primeiras águas-fortes são desta época.
O atelier vai muito bem, com encomendas particulares. Bock, o comerciante de arte, oferece um contrato vantajoso e Rembrandt resolve instalar-se em Amsterdam, em 1631. Um ano depois já é pintor famoso, um dos mais caros e procurados da cidade. Retrata os ricos e bem-sucedidos burgueses, pois pertence à moda enfeitar com o próprio retrato a parede da sala. Se o retrato é assinado por Rembrandt, aumenta o respeito pelo retratado.

É em 1632 que pinta um dos seus quadros mais famosos: A Lição de Anatomia do Doutor Tulp, que faz imediato sucesso e provoca dezenas de encomendas de retratos em grupo.

O ano de 1634 é importantíssimo na vida do pintor. Neste ano atinge o auge da fama e prosperidade. No mesmo ano casa-se com Saskia van Uylenburgh - jovem, bonita, de boa família. Freqüenta a melhor sociedade e traz um bom dote. Instalam-se numa enorme casa na Jodenbreestraat, que transformam em centro de reunião social e em museu de objetos raros, móveis antigos, louças preciosas, tecidos caros e jóias belíssimas. O antigo e o modemo conseguem conviver naquela casa.

Seu atelier é um dos maiores da Europa e o mais famoso. Tem muitos alunos (entre eles Bol, Koninck, Flinck) e uma clientela tão entusiasmada como rica.
Essa tranqüilidade é perturbada pela morte precoce dos filhos. De quatro, três falecem antes de um ano; apenas o quarto, Tito, atingirá a idade adulta. Por fim, em 1642, morre-lhe a esposa, Saskia.

Em 1642, o ano do primeiro fracasso. Um quadro que fizera por encomenda - A Mudança de Guarda da Companhia do Capitão Frans Bonninck Cocs, hoje conhecido como A Ronda Noturna - é recusado pelo capitão porque, em primeiro lugar, "encomendara o seu retrato e não o retrato da Companhia"; em segundo lugar, porque aquela não era uma cena de mudança de guarda e sim "o cenário de uma ópera-bufa"; e, em terceiro lugar, porque o preço era "muito alto". Os debates prejudicam Rembrandt. É acusado de pintar o que lhe agradasse.

Isto era verdade. Os burgueses esperavam ver as paredes de suas casas cobertas por quadros que retratassem o dono da casa, a dona da casa, os filhos, os criados, as roupas, os objetos de uso, os móveis, os animais de estimação, até a comida - como se a imagem pudesse perpetuá-los e preservar para sempre os seus haveres. Enquanto os clientes queriam retratos e não críticas, imagens do rosto e do corpo e não análises de suas almas, Rembrandt retratava o que queria, o que ele via e sentia. E entre centenas de retratos, pintados nos anos de 1630 a 1645, Rembrandt chegou inclusive a pintar auto-retratos - como se alguém comprasse o retrato de outro homem - e os retratos dos rabinos da rua onde morava - como se alguém comprasse o retrato de um judeu. No entanto, de tempos em tempos, Rembrandt sentava-se diante do espelho e - num exercício de estilo e investigação - retratava-se, procurando nos olhos e na boca o sinal do tempo, da paixão, da vida. Em seu próprio rosto, ele retratava principalmente a passagem do tempo e das dificuldades do dia-a-dia.

E as dificuldades aumentam, as encomendas começam a rarear, os poucos retratos pintados nos anos posteriores - como o de Nicolaes Bruyningh - são retratos psicológicos, magníficos, de uma beleza deslumbrante, de uma perspicácia assustadora - realmente assustadora para quem neles se via retratado.

Também eram freqüentes, na época, os retratos de grupo, encomendados por instituições, grandes companhias, lojas importantes, hospitais, escolas, universidades, assembléias. O problema de reunir numa só composição várias figurinos, cuja única vinculação era a vontade de se verem retratadas juntas, fez desses retratos uma arte menor, embora fossem regiamente pagas, por unidade, cabeças e mãos dos retratados. Rembrandt pintou tais grupos, mas procurava retratar realmente o grupo com um sentido de conjunto que lhe ressaltasse a atividade, sem descuidar dos detalhes pessoais de cada figurante.

A Lição de Anatomia do Doutor Tulp, A Ronda Noturna, Os Negociantes de Tecidos (prancha XIV/XV) são bons exemplos da arte de Rembrandt. Ele parece surpreender os cavaleiros em plena atividade, parece fotografá-los séculos antes da invenção da fotografia. Os grupos vibram e seus componentes atuam, o que não impede que faça um estudo psicológico de cada figura, de cada objeto em cena. É exatamente sua capacidade de retratar por completo os clientes que faz com que eles se afastem, temerosos de terem em casa ou no escritório uma crítica emoldurada.
A sociedade burguesa que se instalou na Holanda, revolucionando as condições de produção artística na Europa fez a fortuna de Rembrandt - e a sua desgraça. Com esta nova sociedade desaparece a procura de obras suntuárias destinadas às igrejas e aos palácios. A arquitetura limita-se a projetar residências; os edifícios holandeses são modestas construções de tijolo, cujas partes nobres são salientadas por molduras de pedra. As casas são equilibradas e com interiores baixos, confortáveis, de muito bom gosto, mas onde também não há lugar para grandes quadros. A pintura holandesa se especializa em quadros de pequenas dimensões e este tamanho não permite os mesmos temas que serviam anteriormente à pintura. Seus temas agora são objetos de convívio, naturezas-mortas, animais, a paisagem que se vê da janela, interiores, costumes, retratos.

Rembrandt recusa-se a cumprir a limitação, mas não vende os quadros que a burguesia não entende e não encomenda. Não vende, por exemplo, seus auto-retratos, como não vende a pintura religiosa, cujo campo era restrito na Holanda do século XVII. A Descrença de São Tomé, A Aparição de Cristo no Horto, A Ressurreição, A Ceia em Emaús, Visão de Daniel, A Descida da Cruz são obras-primas que jamais conseguiu vender. É interessante constatar que Rembrandt demonstrou particular interesse, nesse campo, pelos episódios posteriores à morte de Cristo, só se conhecendo, porém - entre duas dezenas de trabalhos do gênero -, um Cristo Crucificado (descoberto em 1967, em Sevilha, e datado de 1660) e A Descida da Cruz. Também é importante destacar que a figura de Jesus sempre conserva os traços e a lembrança da morte.

Assim, no decorrer do tempo, perdeu a clientela; e, não havendo outro campo para um pintor, começou sua desgraça, que duraria centenas de anos. Por séculos afora, Rembrandt é relegado a um esquecimento incompreensível, desprezado, considerado pintor menor, pintor de moda. Fromentin, no livro Mestres de Outrora, editado em 1876, mal o considera.
Em 1645 toma como criada uma jovem, Hendrickje Stoffels, que passa a ser seu modelo - será Betsabé do Museu Louvre e Flora do Museu Metropolitano de Nova York - e sua amante. Vive com ela muitos anos, mas não se casa: uma cláusula no testamento de Saskia prevê que ele perderia tudo o que ganhou pelo matrimônio, se casasse de novo. E é justamente o dote da mulher que o sustenta, nesses anos de esquecimento, quando a clientela procura pintores mais acessíveis e menos inquietantes.

No dia 4 de dezembro de 1657 Rembrandt está arruinado: perde uma ação de cobrança na Justiça. Todos os credores correm a exigir também a sua parte. Primeiro vão os móveis a leilão; em seguida a coleção de objetos de arte; depois os seus quadros, muitos deles vendidos em lotes só para conseguir algum preço. É o caso do seu Auto-Retrato de Barba Nascente, vendido então com outros cinco auto-retratos, inclusive um dos primeiros, o Auto-Retrato Juvenil.

Em 1660 a municipalidade de Amsterdam procura um pintor que aceite a encomenda de um quadro histórico. Mas nenhum pintor se dispõe a enfrentar a tarefa, numa época em que se louva o presente e não mais se volta ao passado. Então é lembrado Rembrandt, que aceita transformar em pintura A Conspiração de Claudius Civilis, idealizado pelos líderes municipais. Claudius Civilis é um herói nacional: levantara-se contra o Imperador Vespasiano ainda no ano 70, e a cidade de Amsterdam quer comemorar sua vitória sobre os espanhóis através do heroísmo clássico dos guerreiros que souberam resistir ao Império Romano. Contudo, quando o quadro - tão esperado - veio a ser exposto, o que o público viu foi um grupo de bárbaros, um bando de assassinos jurando fidelidade a um rei caolho. Não foram aqueles heróis imaginados pela fantasia, guerreiros cantados em prosa e verso que seguiram a liderança do grande Claudius. Para os orgulhosos burgueses que pretendiam identificar-se com os heróis, o choque não podia ser maior. O quadro foi devolvido. Só seria aceito com profundas modificações. Mas mesmo em sérias dificuldades de dinheiro, Rembrandt recusa a proposta e põe fogo no quadro. Arrependido, consegue salvar a cena central, hoje no Museu de Estocolmo; mas este é o golpe final no seu prestígio. Depois disso, só consegue vender mais um quadro: Os Síndicos da Corporação de Tecelões de Amsterdam, também chamado Os Negociantes de Tecidos.

Em 1663 morre a sua companheira, Hendrickje. Embora sozinho e esquecido, continua a pintar. Pinta sem descanso - nada mais lhe resta a fazer. Retrata os amigos, a família, pinta até paisagens e auto-retratos, que contam a sua história, o seu sofrimento, a sua luta, depois de tanta glória e riqueza, que ele gosta de lembrar. No Auto-Retrato de Barba Nascente, por exemplo, ele aparece em ricos trajes e com uma corrente de ouro. Seu filho, Tito, sustenta-o agora. E é também seu modelo. Faz dele vários retratos e transforma-o em São Mateus no quadro São Mateus e o Anjo, que está no Museu do Louvre.

Mas em 1668, então já casado, morre Tito, um mês depois de Rembrandt ter terminado A Família de Tito. Sozinho, miserável, Rembrandt vive apenas mais um ano. Seu último Auto-Retrato é a mais extraordinária, penetrante e impiedosa análise que um pintor fez de si mesmo: a pele envelhecida tem a mesma textura dos mortos das Lições de Anatomia, a figura tem o mesmo impacto dramático do seu Boi Esquartejado, a cor é profunda e cheia da dor da Descida da Cruz. É possível ver no seu rosto a morte de Saskia e dos meninos, o triste amor com Hendrickje e a sua morte, a morte de Tito, a luta contra a miséria e esquecimento total. Só o olhar triste mas insinuante lembra os auto-retratos da juventude, quando posava para si próprio como um herói.

Morre aos 63 anos, no dia 4 de outubro de 1669. No cavalete, deixou o último quadro, que não conseguiu terminar. Mostrava seu quarto: uma cama simples, uma cadeira quebrada, um espelho sem moldura, uma mesa rústica. 

Hoje, após três séculos, é considerado um dos maiores pintores de todos os tempos.
 
Copiado de www.primeiroprograma.com.br

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pra sorrir, com José Simão

Ueba! Neymar parece o Pica-Pau! 




O cabeleireiro da seleção é mais importante do que o preparador; e o Robinho é o cover da Maria Gadú



BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República!
Manchete do Sensacionalista: "Cabeleireiro da seleção pega gripe e Neymar é dúvida no jogo de hoje". O cabeleireiro é mais importante do que o preparador! Seleção dos topetes. Neymar-Mamute da "Era do Gelo". E Robinho com aquele topete xereca empinada. Cover da Maria Gadú! Na realidade, o Neymar parece mesmo o Pica-Pau. Topete e corpo!
O SBT fez uma reportagem sobre o moicano do Neymar e apareceu um cabeleireiro com os caracteres embaixo: escultor do estilo Neymar. Rarará! E, se ele deixasse o cabelo rasta, seria o Neymarley!
E o Mano, vulgo Queimano Filme, já tá com a escalação pronta: Neymar, Ganso, Pato, Robinho e Rogério Ceni no gol. Do Paraguai! Rarará! E o site Comentando lançou novo evento no Rio: BUEIROCK IN RIO. Com a camiseta: "EU VOO!".
E essa: "Padres acusados de abuso sexual a coroinhas vão a julgamento em Arapiraca". Deveria ser Arapiroca! É a sacranagem!
E atenção! Placa em Brasília: "Sai de baixo! Queda de ministros!". Caiu o ministro dos Transportes de Valores. E o filho também tá envolvido. Então deveria ser indiciado por formação de família! Como disse o Eramos6: "Transporte para o bolso"! Transporte de Bolsos! Ministério do Transporte de Bolsos! Rarará!
E o substituto do ministro dos Transportes? Paulo Sérgio PASSOS! A partir de hoje, o Brasil anda a pé!
E agora cogitam como próximo ministro dos Transportes Blairo Maggi. MAGGI? Transporte de tabletes. Vai transportar caldo de galinha. Recapear estrada com caldo de galinha. E diz que Maggi é o rei da motosserra, rei da soja e rei de Mato Grosso. O MAGGI NÃO É SOPA! Rarará! E o professor Raimundo perguntou pra dona Cacilda: "A senhora já viu um pica-pau?". "Nunca, mas já gostei dos dois." Rarará!
E a seleção tem de jogar bem. Senão vamos chamar aquele time Vianas de São Bernardo: Icterícia, Frango do Carrefour, Barrichello, Manivela e Bin Laden. Zé Ruela, Datena, Bundinha, Salsicha, Arrombado e Gogoboy!
E o apelido do Frango do Carrefour é porque ele solta gases em campo e bota a culpa no frango do Carrefour. "Ah, foi o frango do Carrefour." Fusão do Frango Carrefour com o Pão de Açúcar: PUM DOCE! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

simao@uol.com.br

@jose_simao


Folha de S. Paulo, 09 de julho de 2011 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Os líderes da miséria x os líderes da abundância (de Jose Luis Tejon)


1 bilhão de pessoas no mundo vivem abaixo da linha da pobreza. São os miseráveis famintos. No Brasil, somos em 16 milhões de seres humanos. Por que sucubem com a fome e suas crianças já nascem condenadas à insuficiência de alimentos,  danificando na origem os seus cérebros ? É falta de produção de comida no mundo ? Não. 1/3 dos alimentos mundiais são desperdiçados e jogados no lixo. Cerca de 1, 3 bilhão de toneladas anuais jamais chegam nas bocas de ninguém. Os ricos dos Estados Unidos e Europa detonam nas suas lixeiras 222 milhões de toneladas de frutas e de hortaliças. Isso significa o que uma África inteira não consegue produzir em um ano. Em média, cada cidadão do mundo rico arremessa ao desperdício em torno de 100 quilos de alimentos. Por outro lado, a situação nos paises emergentes não é melhor. O relatório da FAO ( onde o brasileiro José Graziano assume a diretoria geral ), revela que 630 milhões de toneladas de alimentos são também jogados fora. Enquanto voce le este artigo, a cada segundo, novas 4 pessoas nascem na terra. Chegaremos a 9 bilhões até 2050. E, com certeza iremos assistir a uma revolução nos hábitos alimentares planetários, a uma nova consciencia do desperdício e com inventividade nos mecanismos antiperdas. Mas, qual é a sua opinião, ao observar os bolsões de miséria no Brasil e no mundo ? O que voce constata nesses ” rincões ” das desgraças ? nâo é mais por falta de informação, por ausência de saber como e o que precisa ser feito, por impossibilidade de acesso a recursos. O drama fica decisivamente focado na questão da ética e da qualidade das lideranças locais. Ao observarmos os eixos dessas doenças sociológicas, encontramos líderes parasitários que se abastecem da miséria. Existe uma parte da vida que vive daquela fome, da ausência de humanidade e de vontades empreendedoras básicas. A sociedade civil organizada já demonstrou em multiplos exemplos ao longo de toda a terra, ser o meio pelo qual a dignidade da vida pode ser alcançada nas situações mais dificeis e consideradas as mais críticas. Será da renovação das próprias lideranças locais, que precisam sair exatamente dessas zonas de miséria absolutas, o inicio do caminho para banirmos esse crime legalizado da condenação â morte prematura de bilhões de seres humanos. Não temos falta de comida no mundo. Temos uma ganância consumidora por um lado, leis e um desperdício incompatíveis com o novo desafio deste século, e a existencia de anti líderes, não sustentáveis, que parasitam a fome e vivem da fome de milhões de humanos. No Brasil o governo vai investir R$ 20 bilhões no combate à miséria. Esse montante continua sendo ínfimo, quando comparado aos R$ 150 bilhões por ano, pagos em juros, para bancos e investidores em papéis da dívida. A reforma da natureza, como escreveu Monteiro Lobato há de sair….lenta, gradual, irreversível. Nâo será do lado de fora do homem e sim na generosidade dos legítimos líderes da abundãncia.

Do Blog do Chico Maia


A Venezuela não é mais aquela; e o Brasil também, não!

03 de julho de 2011 às 19:39
A já surrada frase “não existe mais time bobo no futebol” voltou a ser lembrada na estreia do Brasil na Copa América, contra a Venezuela. Há muito o time da terra do Hugo Chávez deixou de ser aquele grande saco de pancadas que entrava em campo pensando apenas em perder de pouco.
A Bolívia deu o mesmo trabalho à Argentina na abertura da competição. A globalização não ficou só na economia e o futebol hoje está totalmente inserido neste contexto. Os principais clubes europeus têm jogadores de todas as partes do mundo, inclusive de países sem tradição no futebol.

A Venezuela tinha em campo oito jogadores titulares que atuam na Bélgica, Alemanha, Espanha e Holanda. Quando falta inspiração aos craques, seleções top como Brasil e Argentina sempre vão passar aperto. A maioria do time boliviano também atua no exterior.

Novidade mesmo na estreia brasileira foi a “carona” dada pela CBF, no ônibus da seleção, ao presidente do Barcelona,
Sandro Rosell. Ex-diretor da Nike, patrocinadora da entidade, é amigo do cacique maior do futebol verde e amarelo, Ricardo Teixeira.

A torcida estava praticamente meio a meio no Estádio Único, com muitos venezuelanos presentes, e argentinos divididos, torcendo para a “Vino Tinto”, mas também para a “canarinho”.

Ciudad de La Plata é a terra da presidente argentina, Cristina Kirchner, que conheceu seu falecido marido, e ex-presidente, Nestor, aqui, na Faculdade de Direito.
Assim como em todo o país, a cidade respira política e o futebol é um prato e tanto para a campanha que está nas ruas.
As eleições serão em outubro, mas parece que já serão na próxima semana, tamanha a intensidade de propaganda e candidatos nas ruas.

O cachorro que deu a volta olímpica e invadiu o gramado no fim do primeiro tempo no Estádio Único, deve ter sido enviado pelos colegas dele como representante dos milhares que são vistos nas ruas das grandes e pequenas cidades da grande Buenos Aires.
Perto do Hotel Los Cardales, em Campana, a quantidade deles impressiona. São cães abandonados, porém, sempre nutridos e fortes, já que são bem tratados por donos de restaurantes e moradores.

Parei o carro, sábado às 15 horas, em Buenos Aires, para ouvir a Rádio 97,9 FM, quando uma senhora argentina, cujo nome ainda não descobri, recomendava Belo Horizonte como um ótimo destino turístico no Brasil, com destaque especial para o Centro de Arte Contemporânea Inhontim, em Brumadinho. Foram 20 minutos, num programa de variedades, e dicas de turismo locais e internacionais.
Sugeriu pelo menos, três dias a BH, para uma ida também a Ouro Preto.

Nas enormes filas de acesso ao Estádio Único, cabos eleitorais distribuíam “santinhos” de candidatos a prefeito, governador e presidente. Dentro do estádio, o nome do governador Daniel Scioli aparece em todos os lugares possíveis. Como no Brasil até nos anos 1980, aqui é permitido nome do titular do cargo nas obras públicas, paralelamente à campanha eleitoral. Na abertura da Copa América, sexta-feira, o principal opositor conseguiu estampar uma bandeira gigante com o seu nome sobre toda a arquibancada.
A organização da Copa América continua pecando. O equipamento de som pifou e os hinos de Brasil e Venezuela não foram executados. Ao contrário de todas as competições internacionais desse porte, nos estádios e centros de imprensa não há detectores de metal, nem conferência de bagagens de torcedores ou jornalistas que entram.
Funcionários da AFA, do estádio e voluntários batem cabeça na hora de informar portões de entrada, estacionamento e situações básicas do gênero.
POLICIA
Centenas de policiais protegem a área externa dos estádios da Copa América, mas a segurança falha no acesso do público, imprensa e autoridades, já que não há detectores de metal, nem revista nos portões de entrada.

Pra sorrir, com José Simão



Neymar parece repuxo de bidê! 




E esta na gôndola de azeites: "Uma entradinha bem caprichada não faz você mais feliz?". FAZ!


BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta.
Megaconfusão. Continua o babado da fusão Carrefour com o Pão de Açúcar. O Carrefurto. O Pão Francês com a rosca brasileira. Rarará!
Aí você vai pro Extra. Quem é o dono? Abilio. Aí você vai pro Carrefour. Quem é o dono? Abilio. Aí você vai pro Pão de Açúcar. Quem é o dono? Abilio. AH, BILIO!
E a manchete do Twitteiro: "Cade estuda a fusão Gretchen e Mulher Melancia". Bundopólio!
E o novo cabelo do Neymar! Repuxo de Bidê! Coqueirinho! Mamute de "A Era do Gelo". E uma amiga me disse que o cabelo do Neymar tá parecendo mesmo é "o limpador de cachimbo do meu avô!". Rarará!
E adorei a charge do Dalcio com dois trabalhadores: "Eu tenho salsicha com ovo e você tem galinha com farofa. Vamos fazer uma fusão?". Fusão de marmitas. Rarará!
Esta é a verdadeira fusão brasileira: fusão de marmitas! E você já viu consumidor com colesterol alto fazendo supermercado? "Gosto, mas não posso; gosto, mas não posso; e POSSO, MAS NÃO GOSTO!"
E os supermercados têm que tomar mais cuidado com as placas. Eu tenho as fotos. "Absolvente Ela." E esta: "Mesa de ferro fudido". Por isso que eles parcelam em dez vezes! E "Costela ao molho de Barbie Kill"? Você mata uma Barbie e joga na costela! E esta na gôndola de azeites: "Uma entradinha bem caprichada não faz você mais feliz?". FAZ! Rarará! E a placa em cima duma pilha de colchões: "Promoção de Colhões!". Megafusão de colhões. Rarará!
E a foto do Fidel com o Chávez? Diz que foi na ilha de Cuba. Tô achando que foi na ilha de "Lost"! Rarará! E os dois de agasalho esportivo. Deviam ser garotos-propagandas da Adidas. Ops, Fadigas! Agasalhos Fadigas!
E eu adoro a Venezuela porque tem eleição todo mês. Pra eleger sempre o mesmo! E eu adoro a oposição na Venezuela: mora em Miami! E o PMDB? PMDB quer dizer Põe Mais Dinheiro, Presidente.
E quando Pero Vaz de Caminha escreveu uma carta pedindo emprego ao rei de Portugal, ele fundou o PMDB. Pero Vaz de Caminha foi fundador do PMDB!
E sabe porque os portugueses gritaram "terra à vista"? Porque ainda não tinha Casas Bahia. Senão parcelava em 30 vezes! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

simao@uol.com.br

@jose_simao


Folha de S. Paulo, 02 de julho de 2011 

Compreensão


Se você está a fim de mudar alguma coisa que te aborrece demais, antes de tomar qualquer atitude, pare e analise a situação. Descubra se não é mais fácil você mudar a sua postura em relação ao aborrecimento – principalmente se o que você quer é mudar uma outra pessoa. E lembre-se: a aceitação é o melhor método para se iniciar uma transformação.

Aventura humana diária
Todos os dias centenas de pessoas ligam, escrevem e-mails, e escrevem nos espaços deste o portal do Primeiro Programa, sobre os benefícios de se acordar com palavras de ânimo e esperança. Pois é isso o que buscamos. Dia a dia chamamos atenção para a grande notícia que é a possibilidade de continuar a aventura humana. Em níveis diferentes de consciência, milhares de pessoas acordam com sentimentos confusos sobre o dia. Não porque não desejam comemorar a vida e suas possibilidades em mais um dia, mas angustiadas  com o peso do dia anterior com suas cobranças.

A vida não é fácil para ninguém  mas  cada um vive dentro das circunstancias da realidade para a qual colaborou, ou pelo menos aceitou de bom grado ou obrigado. Não há como fugir do passado simplesmente ignorando-o. Ele está presente hoje.

A vida é um processo de aprendizado cumulativo.Vitórias e derrotas se somam e com o passar do tempo adquirimos uma nova perspectiva sobre os acontecimentos que protagonizamos. Assim, com a distancia, muitas vezes, vitórias e derrotas se confundem e trocam de papéis.

A frustração leva as bases de uma nova estrutura, enquanto que aquela grande vitória não renovada projeta a ilusão ou uma nostalgia que congela o ambiente para novas iniciativas.

O presente que recebemos com o raiar desse novo dia, hoje, é também o amanhã que sonhávamos. E você é aquele que o mundo estava esperando. Hoje é o futuro que está nas suas mãos.Como você vai lidar com os passivos e ativos do passado nesta contabilidade existencial. Qual o saldo existente para este dia?

O produto vida  é perecível e deve ser tratado com todo cuidado.O saldo acumulado requer responsabilidade, esteja você no "lucro ou no prejuízo" em relação ao aproveitamento desse bem. Hoje você pode aproveitar tudo de bom na vida novamente.Se ao acordar você se vê confuso e preocupa-se com a dificuldade de usufruir de tudo o que tem direito por causa do das dívidas com o passado, que tal tirar o dia para acertar as contas e deixar de carregar os problemas de ontem para amanhã?

Lembre-se que não é o mundo que está cobrando você. As cobranças internas é que são terríveis e acabam por  atormenta-lo bem naquelas horas mais impróprias, na hora do amor, do travesseiro, no templo, quando olha nos olhos do seu filho para ensinar-lhe algo...Mas para tudo tem solução. Até para a realidade, que pode ser vista de outro ponto de vista.Você não pode se livrar do passado mas pode fazer as pazes com ele.

Assuma um compromisso forte com seu presente que o seu passado não lhe cobrará nada. E o futuro, quando chegar, sorrirá

Copiado de www.primeiroprograma.com.br

Intimidade (por Martha Medeiros)


Houve um tempo, crianças, em que a gente não falava de sexo como quem fala de um pedaço de torta. Ninguém dizia Fulano comeu Beltrana, assim, com essa vulgaridade. Nada disso. Fulano tinha dormido com ela. Era este o verbo. O que os dois tinham feito antes de dormir, ou ao acordar, ficava subentendido. A informação era esta, dormiram juntos, ponto. Mesmo que eles não tivessem pregado o olho nem por um instante.
Lembrei desta expressão ao assistir Encontros e Desencontros. No filme, Bill Murray e Scarlett Johansson fazem o papel de dois americanos que hospedam-se no mesmo hotel em Tóquio e têm em comum a insônia e o estranhamento: estão perdidos no fuso horário, na cultura, no idioma, e precisando com urgência encontrar a si mesmos. Cruzam-se no bar. Gostam-se. Ajudam-se. E acabam dormindo juntos. Dormindo mesmo. Zzzzzzzzzzz.
A cena mostra ambos deitados na mesma cama, vestidos, conversando, quando começam a apagar lentamente, vencidos pelo cansaço. Antes de sucumbir ao mundo dos sonhos, ele ainda tem o impulso de tocar nela, que está ao seu lado, em posição fetal. Pousa, então, a mão no pé dela, que está descalço. E assim ficam os dois, de olhos fechados, capturados pelo sono, numa intimidade raramente mostrada no cinema.
Hoje, se você perguntar para qualquer pré-adolescente o que significa se divertir, ele dirá que é beijar muito. Fazer campeonato de quem pega mais. Beijar quatro, sete, treze. Quebram o próprio recorde e voltam pra casa sentindo um vazio estúpido, porque continuam sem a menor idéia do que seja um encontro de verdade, reconhecer-se em outra pessoa, amar alguém instintivamente, sem planejamento. Estão todos perdidos em Tóquio.
Intimidade é coisa rara e prescinde de instruções. As revistas podem até fazer testes do tipo: “descubra se vocês são íntimos, marque um xis na resposta certa”, mas nem perca seu tempo, a intimidade não se presta a fórmulas, não está relacionada a tempo de convívio, é muito mais uma comunhão instantânea e inexplicável. Intimidade é você se sentir tão à vontade com outra pessoa como se estivesse sozinho. É não precisar contemporizar, atuar, seduzir. É conseguir ir pra cama sem escovar os dentes, é esquecer de fechar as janelas, é compartilhar com alguém um estado de inconsciência. Dormir juntos é muito mais íntimo que sexo.

copiado de www.primeiroprograma.com.br

Benevolência

Mesmo que alguém o insulte ou prejudique diariamente, procure não alimentar sentimentos negativos nem desgosto por essa pessoa. Esse é um desafio e tanto, mas só traz benefícios a você. Afinal, elevar aqueles que o difaman é tarefa de uma alma cheia de conhecimento. Ou seja, é nutrir sentimentos benevolentes por todos, não importa a situação. Portanto, não deixe que nenhum sentimento negativo invada a sua alma, nem mesmo em sonhos. Você só tem a ganhar.


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Podemos aquilo que queremos?


Eu quero! Percebemos logo cedo o poder dessas palavras. Quando criança, elas pareciam uma sentença mágica nos aproximando daquilo que mais queríamos. Era só expressar, ou melhor, gritar as tais palavrinhas que logo um adulto sem paciência nos fazia calar, garantindo aquilo que reclamávamos.



O tempo passou, crescemos e descobrimos que as tais palavras não são tão poderosas assim, ou estamos fazendo algo de errado com essa mágica. O fato é que nem tudo o que queremos podemos ter. Será que essa era uma fantasia típica de criança que só funcionava quando éramos pequenos e ingênuos?

Certamente essa não é uma mágica furada. Ela continua tendo muito poder e é capaz de realizar e concretizar nossos ideais. A questão é saber usá-la. Quando queremos alguma coisa, somos mobilizados por uma poderosa energia que nos impulsiona. Movimentamos os obstáculos a nossa frente a fim de garantirmos o que queremos. É uma energia que nos mantém vivos, pulsando.

É o contrário da apatia - pelo menos é como deveria ser. Justamente aí, aliás, andamos falhando. Estamos acomodados, continuamos com aquela atitude infantil, esperando passivamente que algo aconteça. A vontade sem ação de nada vale. É como a água que, parada, apodrece e vira veneno. Já em uma hidrelétrica, onde é bem utilizada, é muito poderosa, garante até mesmo que você leia (ou ouça) esse texto.

Queremos tudo: um aumento de salário, um carro melhor, uma promoção, perder uns quilinhos... Ter o que desejar não é problema. A dificuldade está em concretizar, realizar.

É como ficar olhando uma vitrine, sonhando com o tal objeto de desejo, mas não dar o primeiro passo para de fato possuir. Não percebemos, mas muitas vezes estamos assim, entorpecidos, cheios de vontades, porém, sem nenhuma ação.

Corremos o risco de ficar resmungando para cima e para baixo, reclamando da sorte, justificando nossas frustrações na atuação do governo, no mercado de trabalho, no tempo. Inventando mil e uma desculpas para explicar nosso comodismo, ou melhor, o nosso fracasso.

Isso acontece porque entregamos nosso poder de realização nas mãos do outro, da situação, são eles os grandes vilões. E nós estamos sentenciados a imobilidade. Não podemos fazer nada, somos vítimas. Mas é mais fácil se acomodar e aceitar as nossas frustrações, do que fazer algo para que tudo seja diferente. É confortável ficar se justificando, tentando acreditar que você é mesmo um coitadinho, vítima das circunstâncias. Essa é uma escolha. Já para aquele que acreditar em si mesmo, no seu poder, tudo estará garantido.

Sim, eu sou o grande e único responsável pela minha vida e por tudo que nela acontece. Tudo depende de mim, do rumo e do movimento que dou à minha história. Tomar consciência desta verdade é urgente. Aí está o xis da questão, o poder dessa mágica. Agora, só cabe a você usar eficientemente essa poderosa energia. Não dá mais para ficar se desculpando.

Claro que isso pode ser um tanto assustador. É muita responsabilidade, você poderia pensar. No entanto pode ser um grande alívio; a varinha de condão está em suas mãos. Você é o grande e único agente transformador de sua própria vida. Já pensou nisso? Pois é, temos o direito à felicidade. De ser e ter o que quiser. Basta querer e lembrar-se de agir.

(Vicente Godinho – Portal Minha Vida)

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