segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Do Primeiro Programa


PERSONAGEM

Em 1902 nasceu o poeta do século XX, Carlos Drummond de Andrade, em ltabira (MG) 

Divulgação/ Arquivo

Pode ser que sua sina já tentava se manifestar desde pequeno. Incompreendido, Drummond chegou a ser acusado de "insubordinação mental" e foi expulso do colégio. Em 1921 começou a colaborar com o Diário de Minas. Sua família exigia um diploma, então formou-se em farmácia, mas nuca trabalhou com isso.
Nessa época, já redator do Diário de Minas, tinha contato com os modernistas de São Paulo. Na Revista de Antropofagia publicou, em 1928, o poema "No meio do caminho", que provocaria muito comentário.
Drummond pode ser considerado um homem burocrata, em 1934 assumiu um cargo público no governo Vargas. Sempre muito organizado, quando morreu, toda a sua obra que seria publicada estava bem organizada.

Em 1945 tornou-se co-diretor do jornal do comunista Luís Carlos Prestes e depois passou a trabalhar no então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Drummond foi cronista depois de aposentado (antes também, mas principalmente depois) e era preocupado com a profissionalização do escritor, tendo ajudado diversas fundações para a classe. Além de cronista, o autor também fez contos e escreveu um livro infantil ilustrado por Ziraldo.
Divulgação/ Arquivo
  
Mas é como poeta que ele se destacou. Sua obraAlguma Poesia, de 1930, inaugurou a segunda fase do Modernismo. Nela aparecem muitas características da primeira fase, como o poema-piada, mas começam a aparecer preocupações sociais e políticas, como a crítica aos regimes de exclusão então em pleno vapor e crescendo. O primeiro poema de Alguma Poesia é o conhecido "Poema de sete faces”:
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
A palavra gauche (lê-se gôx), de origem francesa, corresponde a "esquerdo" em nosso idioma. Em sentido figurado, o termo pode significar "acanhado", " inepto". Qualifica o ser às avessas, o "torto", aquele que está à margem da realidade circundante e que com ela não consegue se comunicar. É assim que o poeta se vê. Logicamente, nesta condição, estabelece-se um conflito: "eu " do poeta X realidade.
Variantes da palavra gauche - como esquerdo, torto, canhestro - aparecem por toda a obra de Drummond, revelando sempre a oposição eu-lírico X realidade externa.


A partir de 1962 surgiram poesias com tendências concretistas, mas o melhor seria exemplificar como o próprio autor dividiu e classificou suas poesias e as temáticas destas: o indivíduo, a terra natal, a família, os amigos, o choque social, o conhecimento amoroso, a poesia em si, exercícios lúdicos e uma visão (ou tentativa de) existência. Outras características de sua obra incluem um fino humor, uma angústia diante da morte, a capacidade de surpreender o leitor e a monotonia da vida.
Muitos poemas de Drummond funcionam como denúncia da opressão que marcou o período da Segunda Grande Guerra. A temática social, resultante de uma visão dolorosa e penetrante da realidade. A literatura comprometida com a denúncia da ascensão do nazi-fascismo.

O tempo é um dos aspectos que concede unidade à poesia de Drummond: o tempo passado, o presente e o futuro como tema.
Toda a trajetória do poeta é marcada por uma tentativa de conhecer a si mesmo e aos outros homens, através da volta ao passado, da adesão ao presente e da projeção num futuro possível.

O passado renasce das lembranças da infância, da adolescência e da terra natal. A adesão ao presente concretiza-se quando o poeta se compromete com a sua realidade histórica (poesia social). O tempo futuro aparece na expectativa de um mundo melhor, resultante da cooperação entre todos os homens.

A terra natal - ltabira - transformou-se no símbolo da atmosfera cultural e afetiva vivida pelo poeta. Nos primeiros livros, a ironia predominava na observação desse passado; mais tarde, o que vale são as impressões gravadas na memória.

Da análise de sua experiência individual, da convivência com outros homens e do momento histórico, constatou que o ser humano luta sempre para sair do isolamento, da solidão, questionando a existência de Deus.

Nos primeiros livros de Drummond, o amor merece tratamento irônico. Mais tarde, o poeta procura capturar a essência desse sentimento e só encontra - como Camões e outros - as contradições, que se revelam no antagonismo entre o definitivo e o passageiro, o prazer e a dor. No entanto, essas contradições não destituem o amor de sua condição de sentimento maior. A ausência do amor é a negação da própria vida. O amor-desejo, paixão, vai aparecer com mais freqüência nos últimos livros.

Em agosto de 1987 morreu sua única filha, Julieta. Doze dias depois, o poeta faleceu. Tinha publicado vários livros de poesia e obras em prosa - principalmente crônica.
Divulgação/ Arquivo
  
Em vida, já era consagrado como o maior poeta brasileiro de todos os tempos. Depois da morte de Drummond, reuniu-se no livro O amor natural uma série de poemas eróticos mantidos em sigilo e que foram associados a um suposto caso extraconjugal mantido pelo poeta. São poemas bem audaciosos, em que se explora o aspecto físico do amor. Alguns vêem pornografia nestes poemas; outros, o erotismo transformado em linguagem da melhor qualidade poética.
Entre suas obras destacam-se Alguma poesia (1930); Brejo das almas (1934); Amar se aprende amando (1985); O amor natural (1992) e Confissões de Minas (1944) - ensaios e crônicas.


Leia especial extraído da IstoÉ – O Brasileiro do Século, sobre o poeta
:

O homem de óculos, sisudo e magricela apressa o passo até alcançar a criança agarrada ao braço da mãe. De repente, ele puxa a dentadura para fora, arregala os olhos e abre as mãos como se fossem garras. "Olha lá! O monstro!", berra o menino. A mulher, aflita, espia o velhinho, que está outra vez tímido e compenetrado. "Pára com isso, não me faz passar vergonha." Mal ela retoma o andar, o garoto olha para trás e depara com o desconhecido de lentes ferozes. "Socorro!" A essa altura, o vampiro está outra vez carrancudo. "Pára de mentir, moleque! Vai apanhar quando chegar em casa!" A mãe arrasta com força o braço da criança, que arrisca virar-se uma última vez para olhar a terrível criatura dando-lhe um adeuzinho simpático e amistoso.

Carlos Drummond de Andrade, "o poeta de todas as pessoas que nasceram no Brasil no século XX", segundo o diretor de teatro Flávio Rangel, era um urso polar de tão arredio. Mas não renunciava a brincadeiras como a do vampiro, que praticou com os três netos em casa e, depois que eles cresceram, transferiu aos pequenos anônimos que encontrava na rua. Era a combinação exata de um espírito rebelde e chapliniano e um comportamento social irretocável. "Era incapaz de furar uma fila, embora, reconhecido por caixas de bancos e supermercados, tivesse inúmeras oportunidades", contou a ISTOÉ o neto Pedro Augusto, 39 anos. Odiava homenagens e nunca aceitou o título de poeta maior. "O Murilo Mendes mede 1,80m, oito centímetros a mais." Mas, ao conversar com as moças, tinha a mania de repousar a mão no ombro delas, sem malícia. "Aí a mão ia descendo até encontrar a alça do sutiã, que ele agarrava e soltava, fazendo plim, plim, plim...", conta o cartunista Ziraldo.

Filho do fazendeiro Carlos de Paula Andrade e de dona Julieta Augusta, nasceu a 31 de outubro de 1902, em Itabira (MG). O modo de andar com os braços colados às pernas e a cabeça baixa ele aprendeu no colégio de jesuítas de Nova Friburgo (RJ), onde passou dois anos até ser expulso, em 1919, por "insubordinação mental". Estudante de Farmácia, em Belo Horizonte, ajudou a tocar fogo num bonde num protesto contra o aumento do preço do cinema. A piromania nem sempre tinha motivo ideológico. Incendiou um varal de roupas da casa de umas moças. Aí bateu à porta se oferecendo para apagar o fogo. Queria observá-las de camisola fugindo das chamas. Farmacêutico de canudo na mão, negou-se a exercer a profissão para "preservar a saúde dos outros".

Em 1925, casou com Dolores, mas também amou Lygia Fernandes, romance paralelo que durou 35 anos. Carlos tinha 49 anos (25 mais do que Lygia) e era chefe de arquivo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional quando ela foi contratada como bibliotecária. "A paixão foi fulminante", afirmou ela ao jornalista Geneton Moraes Neto. Era um amor secreto, mas nem tanto. "Todo o Brasil sabia. Dolores era para as lidas domésticas (Carlos não sabia cozinhar um ovo). Lygia, mulher culta, era a verdadeira paixão", garante a italiana Vana Piraccini, dona da Livraria Leonardo da Vinci, no centro do Rio, que ele frequentou durante três décadas. Carlos passava a tarde no apartamento da namorada. Dançava como um cossaco na sala ao encontrá-la triste ou abatida. Ele se agachava, estirava uma perna, encolhia a outra e gritava: "Ei!" Uma vez, a mãe dela, que tinha a chave, fez uma visita inesperada. Lygia saltou da cama e mandou o poeta, em trajes sumários, se esconder atrás da porta. "Mãe, tranque a porta porque estou gripada e não posso tomar vento nas costas", inventou.

A mulher que ele mais amou, entretanto, foi a filha Maria Julieta (o outro filho, Carlos Otávio, nascido em 1927, viveu apenas meia hora), amiga e confidente, que morreu de câncer, em 1987. Carlos ficou desolado e pediu à sua cardiologista que lhe receitasse um "infarto fulminante". Não deu outra. Dias depois, a caminho do hospital, com edema agudo e falência cardíaca, pediu desculpas à médica: "Sou desastrado. Estou atrapalhando sua vida. Tanta coisa para fazer numa sexta-feira à noite." Morreu a 17 de agosto, numa clínica em Botafogo, de mãos dadas com a namorada, Lygia.

VOCÊ SABIA?

Imitava com perfeição a assinatura dos outros. Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou. Tinha a mania de picotar papel e tecidos. "Se não fizer isso, saio matando gente pela rua." Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto. "Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas não se impressione, amanhã lhe dou outra igualzinha".

OBRA-PRIMA

Do Primeiro Programa


Determinação


“Ninguém pode construir em seu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida – ninguém exceto você, só você”

( Nietzche)

  

A diferença entre as pessoas comuns e as bem sucedidas é que as pessoas que têm sucesso não ficam perdendo tempo discutindo suas limitações, elas as transcendem. Recebem sua cota justa de obstáculos e continuam em frente apesar disso. Às vezes ficam machucadas e até feridas emocionalmente, mas se levantam e recomeçam.

 

(...)

 

Numa noite de outubro de 1968, um grupo de obstinados torcedores permaneceu no estádio Olímpico da Cidade do México para ver os últimos colocados da Maratona. Mais de uma hora antes, Mamo Wolde da Etiópia, havia cruzado a linha de chegada debaixo de saudações exuberantes de todos os presentes. Mas, enquanto a multidão esperava pelos demais colocados, anoitecia e começava a esfriar.

 

Parecia que os últimos corredores já haviam chegado ao estádio; assim, os espectadores começaram a ir embora. Foi exatamente nesse momento que todos começaram a ouvir as sirenes dos carros que acompanhavam a prova e que chegavam aos portões do estádio naquele instante. Todos pararam para observar e viram o último corredor entrar no estádio e fazer a volta final, completando os mais de quarenta quilômetros da prova. O corredor era John Stephen Akhwari, da Tanzânia. Quando ele estava passando pela pista de atletismo, os espectadores puderam ver que sua perna estava enfaixada e sangrando. Ele havia caído e se machucado durante a prova, mas isso não o impediu de continuar. As pessoas no estádio se levantaram e o aplaudiram até ele cruzar a linha de chegada.

 

O respeitado produtor de documentários, Bud Greenspan, observava à distância. Depois, intrigado, Bud chegou-se a Akhwari e perguntou porque ele tinha feito tamanho esforço para chegar ao final da corrida.

 

O jovem da Tanzânia respondeu em voz baixa: “Meu país não me enviou a noventa mil milhas de distância para começar a corrida, eles me enviaram para terminá-la”

 

(...)

 

É de um exemplo como este que você pode tirar inspiração nos momentos em que acha que está prestes a desistir, abater-se ou abandonar seu sonho.

 

(...)

 

Não se abata com as dificuldades ou com o agouro de quem o desanima. Não escute aqueles que martelam ao seu ouvido que você não é capaz. Lute por seus sonhos determinadamente.



Texto adaptado do livro Fênix, de Daniel Carvalho Luz.
Para adquirir este e outros livros do autor, clique 
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A nota triste,e a importacia de um HOMEM.





Comunicamos que nesta madrugada, depois de uma longa vida dedicada ao Povo do Vale do Jequitinhonha(mais de 50 anos),
em especial á juventude carente rural, ás crianças e aos idosos, ás Comunidades Eclesiais de Base, o defensor do desenvolvimento
sustentável das comunidades do Vale, da sua potencialidade, da sua cidadania, da valorização do homem e mulher do campo, DOM ENZO
foi habitar o Andar de Cima!

Vários foram os "meninos e meninas"  do  erroneamente chamado  Vale da Miséria  - o que é interessante para alguns - que puderam pelo
seu ideal e dedicação exclusiva, de DOAÇÃO total, trilhar caminhos outros, antes não permitidos ou disponibilizados pelo poder politico e
social vigentes.  São hoje, Homens e Mulheres diferentes, muitos atuantes nas áreas de estudo escolhida/ofertada  fora do habitual que lhes era disponibilizado mas principalmente, SERES  HUMANOS que estão a fazer e farão diferença em suas Familias, nas Comunidades, no Vale, no País.  Outros, infelizmente, fizeram outras opções, porém, bem poucos , muito poucos!

O Visionário Sacerdote, Professor, Doutor (falava 09 línguas),  a principal, como São Francisco, a do AMOR, o incansavel Construtor de obras físicas necessárias e de Consciencias Criticas, não via limites para a OBRA.

Ficam hoje para nós o seu exemplo de Perseverança, Esperança, Fé , Despojamento e Humildade mas também, a sua constante Alegria, seu sorriso sincero e prazeirozo ao ver sempre os resultados positivos dos vários projetos sociais em execução que tinham como objetivo gerar Vida dígna ao Povo. Ficam suas obras escritas,sua Ousadia e Persistencia para com a EDUCAÇÃO !

Ficam seus filhos/filhas  e netos/netas postiços - vários dos ex-alunos da HAGROPE e depois HAGROGEMITO  sempre que possível traziam seus herdeiros/as para tomarem a benção ao VÕ ENZO.

Ficam também os jovens que ontem (a maioria das Comunidades Rurais),  iniciaram caminhada no Seminário Diocesano e que concomitantemente e pedagogicamente, dividiam seu tempo escolar com os da Hagrope. .. hoje, são responsáveis mais do que antes, pela continuidade daquilo que foi apreendido e é necessário em nossas vidas!

Ficam ainda alguns dos chamados Leigos que foram fundamentais em todo esse processo uma vez que a Missão de Dom Enzo teve um caráter múltiplo, contagiante, e portanto  COLETIVA.

 Assim, muitos fizeram parte dos sonhos deste Visionário que transformou não só consciências mas fez da  realidade de se seus atos uma revolução pacífica que incomodou por sua Irreverência, Ousadia e  Firmeza, o que em algumas situações,  lhe deram a "aparencia" de Intransigente,  de Fechado, de muito  Enérgico.

Aqueles que de perto puderam com ele conviver puderam descobrir-lhe um Homem simplesmente sensível - não teve vergonha de chorar ou de ser visto chorando - corajoso, inconformado com injustiças, despojado de si (viveu longe dos familiares) e desfe-se de bens materiais pessoais a favor da Escola que tanto acreditou, onde tanto trabalhou - Lecionar dava-lhe prazer - muitos de nós fazemos coisas sem Paixão e por isto ás vezes interrompemos a caminhada ou nela continuamos desmotivando/desqualificando  pessoas.

 Descobrimos em Dom Enzo um ser que  amou tudo o que fez, que desejou viver junto do Povo que escolheu para SERVIR, que sempre viu no exercicio do poder que lhe era conferido, um Serviço Temporal, e por isso, sempre quis fazer bem feito, e rápido de preferência.

Que recebeu, acolheu e buscou dialogar dentro das adversidades, e se dispor a aceitar situações que por muitas vezes divergia.

Que intercedeu, enfrentou e buscou soluções para situações várias.

 Que motivou e ajudou a muitos e assumiu responsabilidades por muitos.

Que nunca apresentava cansaço, enfado.

Que viu o Bem que Sá Luiza nos fez durante os 109 anos de sua existência  - rezar por nós - e lhe rendeu homenagem!

Que foi em algumas situações provocado,  humilhado e desrespeitado ... mas  no entanto, simplesmente aceitou!

Haveremos todos, cidadãos cristãos e não cristãos do Vale do Jequitinhonha  em especial , de muito ainda ouvir, falar, descobrir, e pautar as histórias de homens e mulheres que em seus espaços, Intituições e Organizações contribuiram para a Plenitude da Vida, com vistas ao rompimento de limites que nos impedem de avançar, de apostar, de ir além de nós mesmos...

 Os  Povos Tradicionais que são expressão marcante no Jequitinhonha  e  País, por isso,  Dom  Enzo ENCANTOU-SE !!! segundo nossos Irmãos Indígenas.
                                                                                                             
 SAWABONA,  DOM ENZO!!!  - Saudação Africana que significa -" Eu te Respeito, Eu te Valorizo, Você é importante para mim" - para nós!!!

Fraternalmente,

Maria do Carmo Ferreira da Silva - Cacá
Coordenação  Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial - FIPIR/SEPPIR
Assessora para Assuntos Federativos - SAF/SASF

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Do Blog Cheni no Campo

Para quem ouve ou ouvio radio AM como eu,é uma noticia ruim,mas,Deus sabe o que faz....Valeu "Tchê"


Triste anúncio de sua morte no site 
da Rádio Globo 

Adeus "Tchê"

O jornalista esportivo Luiz Mendes, 87, morreu na manhã desta quinta-feira, por volta das 10h15, o "comentarista da palavra fácil" como era conhecido faleceu em virtude de complicações decorrentes de uma leucemia linfocítica crônica, no Hospital São Lucas, em Copacabana, zona sul do Rio. Ele estava internado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) da unidade desde o último dia 18.
Luiz Mendes, o comentarista da palavra fácil, foi um craque do microfone esportivo. Na 'latinha', foi testemunha dos mais importantes eventos esportivos do Brasil e do Mundo em mais de 70 anos de profissão - o único brasileiro a transmitir a final da Copa do Mundo de 1954. Dono de uma fala simples e envolvente, de memória ampla e impressionante, de carisma e simpatia sem pares, Luiz Mendes deixa o país órfão e o futebol triste com sua passagem.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Do Blog do Chico Maia


Tequila, cachaça, café, queijo e pão! Ou, acorda, Minas Gerais!

25 de outubro de 2011 às 18:36
Chegou hoje a Guadalajara o Daniel Guimarães, coordenador de marketing da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014, do governo de Minas. Excelente a presença dele para conferir pessoalmente o que de interessante os “jalicienses” e “tapatios” estão fazendo para tirar o melhor proveito possível dos Jogos Pan-Americanos.
Verá ações que vão se encaixar naquilo que o Secretário Sérgio Barroso falou-me em uma entrevista: “não podemos perder a oportunidade de mostrar ao mundo preciosidades culturais e econômicas de Minas Gerais com a Copa das Confederações e Copa do Mundo”.
Participei, ontem, de uma palestra e degustação de tequila, que me fez lembrar desse assunto o tempo todo.
Essa bebida é tratada por autoridades, empresários e população, com uma preocupação inacreditável. Além da tradição está acima de tudo a economia. A tequila hoje é um item importante na balança comercial mexicana, exportada para 120 países.
ACEVES
Só cinco estados do país têm o direito de produzi-la e usar este nome. Como as regiões de Cognac e Champagne, na França, tratam seu brandy e vinho espumante.
E que ninguém se atreva a usar indevidamente estes nomes! Eles entram em ação na hora, em qualquer lugar do mundo.
Na Expo’Guadalajara há um espaço do governo de Jalisco, abaixo do Centro de Imprensa, exclusivo para palestras e degustações dos produtos deles e diariamente os jornalistas são convidados para conhecer alguma coisa.
Através de eventos rápidos e altamente qualificados é passada uma mensagem que certamente traz muito retorno de marketing a produtores e autoridades.
Saí sabendo tudo sobre a tequila, tratada como “licor” por eles, e experimentei várias preciosidades à base do produto.
COPOSEMAOS
Na abertura para perguntas, quando me identifiquei e citei o nome do nosso estado, o senhor Ruben Aceves, diretor de marketing da Herradura, interrompeu-me e disse: “região produtora da cachaça de excelência”. E para responder à minha pergunta, encheu a bola da cachaça, com carinho especial à produzida em Minas.
Tive ao mesmo tempo a sensação de orgulho e frustração.
Orgulho da cachaça mineira e frustração em saber que não damos a ela o tratamento que deveríamos.
O senhor Aceves falou bem da cachaça mineira porque é um profissional do setor, porém, as cachaças brasileiras mais exportadas são as piores; uma de São Paulo e outra de Pernambuco. O produtor de uma das nossas melhores atualmente é o Vitor Braga, ex-goleiro do Cruzeiro. Já contou-me das dificuldades para se encontrar apoio para um marketing bem feito fora das nossas fronteiras.
COPOSEPESSOAS
Possivelmente chegou a hora de descontarmos este atraso.
Não só a nossa cachaça é mal trabalhada no exterior: somos o maior produtor do melhor café do Brasil, que é o maior exportador mundial; porém, o café conhecido no exterior é o da Colômbia.
Li aqui, no jornal “El Informador”, boas dicas sobre o Brasil. Dentre elas, uma receita de pão de queijo. E qual estado do Brasil é famoso pelo leite e pelo pão de queijo?
Toninho Horta e Wagner Tiso estão entre os instrumentistas mais conhecidos e tocados no mundo. São de onde?
ACEVESSSAA
Ruben Aceves, da Herradura, a tequila mais conceituada do México, falou das similaridades da famosa bebida mexicana com a nossa cachaça, ambas tratadas como “licor”, por eles. Graças ao marketing muito bem feito a tequila é a bebida que mais cresce em comercialização no mundo.
PORRADA
De vez em quando a gente vê uns apressadinhos do volante enfiando a cara na traseira de outros, como nesta cena, na Avenida Hidaldo, na divisa de Guadalajara com Zapopan, a cidade onde moram os endinheirados daqui.
HACIENDA
Bares e restaurantes são muito bem decorados e têm suas fachadas caprichadas para atrair os clientes, como o Hacienda del Tequila.
CATEDRAL
A Catedral Metropolitana, no coração de Guadalajara.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Do portal Brasília 247:
* A foice, o martelo e o cofre do PCdoB nos Esportes
Ongs ligadas ao Partido Comunista do Brasil  (PCdoB), do Ministro do Esporte, Orlando Silva, são assíduas beneficiárias do orçamento do Programa Segundo Tempo. pelo menos r$ 50 milhões foram destinados a organizações ligadas à legenda

Evam Sena_247, em Brasília – As ONGs ligadas ao PCdoB, partido do investigado ministro Orlando Silva, são assíduas beneficiárias das verbas do programa Segundo Tempo, carro-chefe do Ministério do Esporte. Pelo menos R$ 50 milhões foram destinados a organizações ligadas à legenda que comanda o ministério nos últimos seis anos.
Orlando Silva é acusado pelo policial João Dias Ferreira, ex-militante do PCdoB e presidente de duas ONGs que tinham contrato com o ministério, de chefiar um esquema de corrupção com cobrança de propina das instituições que recebiam verbas do programa. Juntas, a Associação João Dias de Kung Fu e a Federação Brasiliense de King Fu, presididas por João Dias, receberam R$ 2,7 milhões em convênios entre 2005 e 2011.
Segundo Dias, o esquema existe desde a gestão de Agnelo Queiroz, atual governador do Distrito Federal, quando Orlando era secretário-executivo, e desviou cerca de R$ 40 milhões nos últimos oito anos. Orlando também é acusado de receber dinheiro pessoalmente na garagem do ministério. O ministro nega.
Levantamento da ONG Contas Abertas mostra que o Instituto de Cultura Ambiental (ICA), que recebeu R$ 5,5 milhões do Ministério do Esporte entre 2006 e 2011, tem como primeiro-tesoureiro Pedro Paulo Ribeiro, filiado ao PCdoB desde 15 de dezembro de 1995. A previsão é que o contrato termine no dia 3 de dezembro de 2011. Metade do valor já foi desembolsado para a conta do ICA.
O Instituto Contato é outro exemplo de instituição relacionada com o PC do B que recebe recursos pelo Segundo Tempo. Entre 2007 e 2011, a instituição, que é presidida por Rui de Oliveira, filiado ao PCdoB desde outubro de 1990, já recebeu mais de R$ 20 milhões do programa. Embora a relação entre essa ONG e o PCdoB já tenha sido levantada pela imprensa, o Instituto Contato é o quarto maior beneficiário do programa em 2011, com R$ 3,1 milhões.
A ONG Pra Frente Brasil, criada em 2003 pela ex-jogadora de basquete e vereadora desde 2008 pelo PCdoB em Jaguariúna (SP) Karina Valéria Rodrigues, recebeu R$ 28 milhões nos últimos seis anos, segundo matéria do Fantástico do último domingo. Foi a entidade que mais ganhou dinheiro pelo Segundo Tempo. A ONG é suspeita de subcontratar empresas fantasmas para fornecimento de lanche e materiais esportivos.
A ex-jogadora Karina disse que as contratações foram feitas dentro da lei e negou que as empresas sejam de fachada. O ICA e o Instituto Contato não retornaram respostas.
O ministro dos Esportes, Orlando Silva, afirmou em entrevista coletiva ontem que não vai o programa Segundo Tempo não terá mais convênio com ONGs a partir do ano que vem. Segundo ele, há hoje somente 11 entidades com essas conveniadas com o ministério, os contratos vencerão até metade do ano que vem e não serão renovados.
http://www.brasilia247.com.br/pt/brasilia247/poder/2625/A-foice-o-martelo-e-o-cofre-do-PCdoB-nos-Esportes.htm

domingo, 16 de outubro de 2011

MUNDO

Multidão marcha em Frankfurt, onde pelo menos 5 mil pessoas se reuníram em protesto em frente ao Banco Central Europeu (Foto: AP)
Não sou favoravel a manipulações,tampouco sonhador com os movimentos do passado, e quem sou eu pra ser ou não contra qualquer movimento que saia das pessoas que não não politicos profissionais, como os que temos por todo o mundo,essa gente não existe só aqui,tem por toda parte.
Começou no tal mundo Arabe,vem passando pela quebrada Europa e chegou agora nos EUA.
Movimetos populares,que de certo, de la sairão alguns espertos,musas e martires.
Os espertos, num futuro proximo logo entrarão para aquela fatia dos que se aproveitam destes movimentos para se tornarem o que criticam,amanha serão deputados,presidentes ou minitros de qualquer coisa.
As musas,como sempre são aquelas oportunistas de peitos grandes,belas pernas, caras e bocas,nada mais do que oportunistas se aproveitando das lentes,logo mais estarão nuas nas revistas masculinas,e dependendo do quanto souberem guardar,logo mais em alguns filminhos sem noção.
Meu pai,virei profeta!!!!!!!!!!
Já os martires disso tudo,são aqueles malucos,que assumem tudo,vão pra frente de tudo,levam porrada da policia,saem ensaguentados,presos,gritando, são uns loucos,que aparecem sempre nas primeiras imagens dos protestos.Apanham pra caramba.
Isso tudo é um ciclo,que todos os povos pareceram ter se esquecido que existe,de que cedo ou tarde a acomodação em que o mundo passava se acabaria,e esse povo todo acordaria lentamente,quando a situação de cada lugar,politica ou financeira chegasse num ponto em se diz: "não dá mais, vamos procurar um caminho!
Demorou,agora falta o Brasileiro dar o seu grito,falta o povo largar da paciencia,e mostrar que ela acabou,e, dar um "Não" bem grande aos politicos, com ou sem cargos,aos corruptos de toda especie,falta a gente colocar pra fora a indignação que temos em nós, e não aprendemos expressar de forma coletiva.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

EFEITOS DA POLITICA E DO FUTEBOL


A morte do Elmer Guilherme; o grande bode expiatório do futebol brasileiro

12 de outubro de 2011 às 15:49
Li no portal do O Tempo que morreu esta manhã o Elmer Guilherme, ex-presidente da Federação Mineira de Futebol.
Era uma grande figura; ótimo papo. Cometia seus pecados à frente da entidade, mas em escala absolutamente inferior aos grandes graúdos que dominam a cena do esporte brasileiro e mundial.
A pedido de João Havelange, lançou Ricardo Teixeira como candidato à presidência da CBF.
Teixeira era dono de empresas de seguros; um desconhecido do mundo do futebol; mas também era genro do então presidente da FIFA.
Elmer foi um caso raro de dirigente esportivo punido na história do Brasil.
E só o foi porque não deu ouvidos aos amigos, assessores e advogados, que sugeriram a ele que se preparasse devidamente para depor na CPI do futebol, em Brasília.
Bom de fala, experiente nos debates com a imprensa, ele achou que tiraria de letra.
Não quis seguir o mesmo caminho
de Ricardo Teixeira e Vanderlei Luxemburgo, que antes de deporem, passaram dias “treinando” com advogados experientes, e caros.
E lá foi ele, enfrentar as feras do Senado, no dia 9 de maio de 2001. Não deu outra: foi massacrado; desmoralizado em rede nacional, ao vivo, numa cenas mais chocantes transmitidas pela TV Senado, repetida mais tarde pela Globo, que na época queria detonar com o Ricardo Teixeira e todos os seus aliados.
O senador Geraldo Althoff (PFL-SC) arrebentou com o Elmer, que nervoso, confessou que praticava nepotismo e que não declarava à Receita Federal, que redcebia R$ 4 mil mensais de ajuda de custo da FMF.
Foi o bode expiatório perfeito que os comandantes do submundo do futebol precisavam.
O Congresso também se deu por satisfeito porque, afinal, pegou pelo menos um. O mais humilde e simples, mas que tinha alguma culpa no cartório.
Afastado da presidência da Federação por determinação judicial, recolheu-se em casa, entrou em depressão e nunca mais teve nenhuma aparição pública no mundo do futebol.
Descanse em paz, Elmer, e que Havelange e Ricardo Teixeira mandem pelo menos um telegrama à família.
COPIADO DE WWW.BLOG.CHICOMAIA.COM.BR

terça-feira, 4 de outubro de 2011

CRUZEIRO MUDA NA CABEÇA E TORCIDA FAZ BARULHO

Enquanto dentro da sede, numa eleição de araque, 60% do Conselho Deliberativo diziam “amém” ao padrinho Senador e elegia o seu indicado, Gilvan Tavares, como novo presidente, fora os verdadeiros interessados no destino do clube faziam manifestação contra a página mais negra na história vitoriosa do Cruzeiro. Até sob o domínio deste grupo mantido, o time que praticamente conquistou tudo que disputou, exceto a liberdade de pular fora do condomínio associado dos Perrelas.
Como dizem os atuais dirigentes do Coritiba, após voltarem da Segundona: “tivemos que viver bom tempo na Segunda Divisão para aprender que a arrogância só faz mal no futebol”.
Faixas registradas nos vários protestos de torcedores fora da sede:
“Exigimos transparência, honestidade e renovação. Um Cruzeiro menos vendedor e mais vencedor”
Abaixo a política de vendas. Cruzeiro não é trampolim para a Europa”.
Dimas pipoqueiro, você está fora do orçamento do Cruzeiro”.
Ê ê ê, estou com medo do Perrella me vender”, gritavam outros cruzeirenses.
Esta manifestação e os gritos não são ouvidos pelos velhos e novos dirigentes. Não interferiram na eleição. Como justificou Gilvan Tavares: “O torcedor tem direito de reclamar, gritar, pedir explicações, porque o time não vence. Porém, quando as vitórias vierem ainda neste returno e a situação mudar, estarão do nosso lado”. 


O pior é que é verdade!

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CERTEZA

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VISÃO


Novo presidente do Cruzeiro sonha com Luxa e Felipão
O torcedor do Cruzeiro deve se perguntar se Gilvan de Pinho Tavares conhece o clube e a resposta é sim, ele conhece cada canto e cada grupo político do Cruzeiro.
O torcedor do Cruzeiro também deve querer saber qual é a grande virtude de Gilvan de Pinho Tavares e a resposta é que a imagem dele é altamente positiva. Gilvan é tido como um homem de respeito.
Entretanto, a resposta que mais o torcedor gostaria de ouvir é se Gilvan está preparado para os espinhos do futebol e a resposta é não.
O Cruzeiro vai experimentar uma gestão diferente.
Durante longos anos, Zezé Perrella e Alvimar Perrella conduziram o clube mostrando a todos que o Cruzeiro tinha dono.
Calejados e preparados para o mundo do futebol, os irmãos Perrella sabiam que o fino trato era dispensável naquele ambiente e conseguiram levar o time aos títulos e a vaga quase cativa nas disputas de Libertadores.
Gilvan, apesar de saber sobre o caixa do clube e de conhecer cada funcionário, pouco sabe sobre as relações e vícios do convívio com o futebol.
Apaixonado e sem o preparo que a bola exige, Gilvan deve se cercar de profissionais ‘rodados’, o que pode custar o cargo de Dimas Fonseca, atual responsável pelo futebol no clube.
A paixão de Gilvan também pode causar um certo agito desnecessário no momento complicado do time em campo. Gilvan gostaria de poder contar com Luxemburgo ou Felipão para o comando da equipe e Vágner Mancini, atual treinador, terá apoio apenas verbal do novo presidente.
Após quase duas décadas de praticamente um mesmo comando, os conselheiros do Cruzeiro votaram e colocaram no poder o ex-presidente do conselho e ex-vice de Zezé Perrella.
Gilvan não tem a vivência de Zezé e não terá os jogadores que Zezé teve.
O Cruzeiro estará nas mãos de um homem tido como simpático, sério, bom administrador e distante do mundo do futebol.
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VERDADE


Oportunidades perdidas

04 de outubro de 2011 às 07:43
A “Corrida Maluca”, divertido evento realizado na Praça do Papa domingo, causou um tremendo transtorno ao trânsito e moradores da região, por pura falta de planejamento e cálculo do público, por parte dos organizadores e da Prefeitura.
Aí, já tem cabeça cozida dizendo que não se pode realizar evento naquela região.
Nada a ver. 
E este ótimo artigo na Folha de S. Paulo de ontem, mostra o que acontece no Brasil para que este tipo de erro continue se repetindo.
“MARIA INÊS DOLCI”
Copa de oportunidades perdidas

Um dos graves problemas do país é que, no governo, os técnicos dão lugar aos companheiros políticos

O atraso nas obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016 confirma uma triste realidade para os brasileiros: não há muita esperança de que os serviços de interesse público melhorem, consideravelmente, nos próximos anos.
Isso fica ainda pior com a confidência, na sexta-feira passada, do ministro do Esporte, Orlando Silva, de que a Fifa (órgão máximo do futebol mundial) exigiu a interrupção da vigência do Código de Defesa do Consumidor, do Estatuto do Idoso e do direito à meia-entrada para estudantes durante a Copa do Mundo. Pode ser que “hoje” o governo tenha descartado essa ameaça aos direitos do cidadãos. Mas demonstra uma tendência muito perigosa.
Se nem a perspectiva de ter os olhos do mundo, literalmente, voltados para o país consegue quebrar a inércia dos governantes, o que o fará? Agora, diante da iminência de não fazerem as melhorias indispensáveis, as autoridades “descobriram” que, bem, tudo está certo nos aeroportos.
Qualquer pessoa que tenha viajado em períodos de férias e feriadões sabe que, na verdade, há muito mais passageiros do que conforto, espaço e bom atendimento.
Talvez a ideia de decretar feriado nos dias de jogos amenize os problemas de transporte, principalmente nas cidades mais populosas que serão sedes da competição, como São Paulo e Rio.
É lamentável, contudo, que se percam oportunidades como essa por incompetência e por desinteresse.
Afinal, há quatro anos fomos informados, festivamente, de que o Brasil sediaria a Copa.
O que foi feito de lá para cá? Acima de tudo, marketing, ufanismo e proselitismo político.
Perdeu-se um tempo precioso com a definição das 12 cidades-sede, obviamente devido a disputas políticas para escolher as localidades. Falou-se muito, mas quase nada saiu do papel.
Exemplo de discussão estéril foi a do trem-bala. Um factoide que provocou muita discussão. E foi só isso! Não por acaso, ministérios como o dos Transportes e o do Turismo, essenciais para que o sucesso na organização dos megaeventos esportivos que serão realizados por aqui, foram alvos recentes de denúncias de malversação de recursos públicos.
Ninguém ignora que um dos tormentos do cidadão brasileiro seja a péssima qualidade de praticamente tudo o que tenha a qualificação “público”: transporte, saúde, segurança e educação. Os serviços fundamentais -energia elétrica, telefonia fixa e móvel, acesso à banda larga- são muito ruins.
Paulistanos levam até cinco horas para ir ao trabalho e voltar para casa, diariamente -um crime contra a qualidade de vida.
Recentemente, foi divulgado que nossa velocidade média de acesso à internet é pior do que a de países muito pobres, como Haiti e Nigéria. Ou do que nos abalados por guerras intermináveis, como o Afeganistão. Empatamos com o Iraque.
Pagamos tarifas de luz e de telefonia que estão entre as mais caras do mundo. Isso não evita apagões, interrupções e outras dores de cabeça aos consumidores.
Nossas agências reguladoras trabalham com afinco para defender os interesses das empresas.
O cidadão fica sempre em segundo plano, exceto no papel de contribuinte -já repassamos, neste ano, mas de R$ 1 trilhão em tributos aos cofres públicos.
Para não dizer que nada decorrerá da Copa de 2014, os paulistanos ajudarão, independentemente do clube para o qual torçam, a bancar o estádio do Corinthians. Dinheiro que poderia ser mais bem aplicado em escolas, em creches, em hospitais ou em estações do metrô. Investimentos que, talvez, valham menos votos do que os obtidos por um estádio particular de um time.
Por que não conseguimos fazer o que é tão importante para os brasileiros, mesmo sob o estímulo de competições que seriam vitrines excelentes para mostrar um momento mais positivo do Brasil?
Porque técnicos são preteridos na área governamental em detrimento de companheiros políticos. Além disso, não há ação clara das autoridades dos três Poderes em defesa dos direitos do consumidor.
MARIA INÊS DOLCI, 56, advogada formada pela USP com especialização em “business”, é especialista em direito do consumidor e coordenadora institucional da ProTeste Associação de Consumidores. Escreve às segundas-feiras, a cada 14 dias, nesta coluna.
mariainesdolci.folha.blog.uol.com.br
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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

FUTEBOL no Jornal Super Noticias

C

Socuerro! O Brasil vai explodir!


Tá assim: bueiros explodem no Rio, shopping explode em SP e Luan Santana explode nas paradas de sucesso


Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E adorei o cara carregando uma faixa no Rock in Rio: "Edir Macedo, meu dízimo é do Metallica". E o visual da Ke$ha estava tipo "Pablo, qual é a música?".
E a manchete do Sensacionalista: "Justiça condena Claudia Leitte a devolver todos os presentes que recebeu no Dia do Cantor". Rarará!
E o Brasil está assim: bueiros explodem no Rio, shopping explode em São Paulo e Luan Santana explode nas paradas de sucesso. Desse jeito o Brasil vai acabar explodindo antes do fim do mundo. Brasil explode antes do fim do mundo!
E quem explode primeiro, o Center Norte ou o Ronaldo Fenômeno? O Ronaldo Fenômeno, porque emite muito mais gases.
E o Eramos6 revela que agora a gente escolhe shopping como água mineral: com gás ou sem gás. É proibido soltar pum no Center Norte! Senão: PUM! BUM!
E ontem foi dia de Gostosas in Rio: Ivete e Shakira. Ivetão Coxão Gostosão e Shakirão! A Shakira é gostosa até no telão! E rebola mais que minhoca em anzol. Vocês já viram liquidificador de padaria batendo vitamina de banana? É a Shakira no palco! Rarará!
Não tenho inveja nem da voz, nem da fama, nem da grana da Shakira. Tenho inveja da barriguinha da Shakira! Ela não precisa encolher a barriga na hora de transar! É o que uma amiga chama de barriguinha-ódio: você vê e fica com ódio!
Em 2012, vou lançar o Rock in Rio Pirata! Megaevento China-Paraguai. Com o apoio dos selos de CDs piratas, roqueiros covers e afônicos e guitarras da Galeria Pajé. Para quem não puder pagar o original!
E tenho uma teoria: a China não é pirata! Temos de fazer uma revisão histórica! A China não falsifica tudo, apenas compensa os royalties!
A China inventou o macarrão, a Itália leva a fama. A China inventou a pólvora e os Estados Unidos usaram e abusaram. A China inventou a seda e Paris brilha nas passarelas. Tão pagando royalties pra China? Não!
Então, por mais que a China falsifique, ainda está no prejuízo. Rarará! E esta: "Juiz nega pedido de prisão de pedófilo de Bauru". Como é o nome do juiz? Jaime Ferreira MENINO! Rarará!
E sabe como se chama o presidente do Conselho Europeu pra conter a crise? José Manuel DURÃO! Rarará! O euro está durão! Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

simao@uol.com.br